Quem nunca ouviu falar dos enfadonhos mil abdominais ou dos alimentos milagrosos para "chapar" a barriga? Promessa de várias capas de revistas, essas receitas são repetidas com frequência por aqueles que sonham em deixar qualquer excesso para trás. Mas elas funcionam efetivamente? Veja o que os especialistas dizem.
De olho na alimentação
Primeiro, é preciso entender que o abdômen lisinho é fruto de uma série de fatores, incluindo genéticos, que podem favorecer ou não o acúmulo maior de gordura na região. Contudo, nem só da herança dos nossos pais que vem a barriguinha.
— Não herdamos só o formato do nariz e a cor dos olhos. A genética é superforte, mas temos o poder de mudar essa herança com boa alimentação e exercícios físicos — garante a nutricionista Carmem Franco, coordenadora do curso de Nutrição da Fadergs.
Para isso, a nutricionista reforça a ideia de que não existe alimento capaz de fazer milagre. O que há, sim, é um estilo de vida saudável, com equilíbrio no prato e nas atividades físicas.
— O que vai funcionar é um conjunto de ações. Quando se divulga um alimento "x", as pessoas apostam nele, mas não mudam outras coisas — critica.
Sem milagres, a dica é incluir na rotina alimentos que podem dar uma forcinha na hora de enxugar a barriga, como os ricos em fibras. Entram na lista frutas, verduras, legumes e produtos integrais.
— Eles são protetores da saúde, ajudam no funcionamento intestinal e têm um segredinho: tendem a aumentar a saciedade, com isso, pode ser que pessoa coma menos —aponta Carmem.
Exercícios complementares
Peça fundamental nesse processo, os exercícios físicos ajudam a reforçar a musculatura e melhorar o tônus da região. Abdominais ajudam, mas também não atuam sozinhos.
— O abdominal não vai queimar gordura, que é o que todo mundo espera. A região é um músculo como qualquer outro. Ao exercitá-lo, vai fortalecê-lo, deixando a musculatura mais firme e melhorando o tônus. Associado com exercícios aeróbicos e alimentação equilibrada os resultados aparecem — afirma a personal trainer Sara Ahumada.
E não precisa exagerar. A profissional de Educação Física lembra que há uma infinidade de abdominais possíveis, alguns mais pesados, outros nem tanto. O ideal, é reforçar tanto os músculos mais profundos quanto os superficiais — aqueles que formam os famosos gominhos.
— Se a pessoa nunca fez o exercício, o melhor é dar um dia de intervalo. Quem tem experiência pode executá-lo todo dia, variando o número de repetições, os tipos de abdominais e o intervalo entre eles —sugere.