A construtora Tenda confirmou nesta sexta-feira (12) o risco de colapso da torre 10 do condomínio Alto São Francisco, no bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, após o acessar o laudo técnico que avaliou a explosão. A empresa disse que informou as autoridades públicas sobre o ocorrido e que iniciou a instalação de tapumes para fazer o isolamento completo da área (leia a nota na íntegra abaixo).
A Defesa Civil de Porto Alegre informou que já havia isolado o local e que estão sendo realizados testes de estanqueidade nas torres por uma empresa terceirizada. O procedimento está previsto para ser concluída na terça-feira (16).
Neste sábado, a partir das 10h, ocorre uma reunião entre os moradores afetados no condomínio junto a representantes da construtora, da Caixa Econômica Federal, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e da Defensoria Pública. Na ocasião, serão apresentadas medidas de auxílio às famílias. Entre elas, está a possibilidade de suspensão de pagamentos à Caixa Econômica Federal e a isenção de parcelas à construtora Tenda.
A explosão no terceiro andar da torre 10 foi registrada na madrugada do dia 4 de janeiro. Um dos moradores, Tiago Lemos, de 38 anos, morreu na UTI do Hospital Cristo Redentor na última segunda-feira (8). Um dos feridos ainda permanece internado na casa de saúde.
O quadro de saúde dele é grave. Ao todo, nove pessoas ficaram feridas no incidente.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) ainda apura as circunstâncias da explosão. Moradores relataram um forte cheiro de gás vindo do edifício antes do registro da ocorrência.
Leita a nota da construtora na íntegra
“Após ter acesso ao laudo técnico do condomínio, que revela um risco de colapso na edificação devido à explosão em uma unidade, a construtora informou prontamente as autoridades públicas sobre a situação.
Embora o risco de colapso decorra da explosão ocorrida no interior de um apartamento e não de falhas construtivas, a empresa está ativamente colaborando com o condomínio para assegurar o isolamento eficaz da área, incluindo os blocos 9, 10, 11 e 12.
A instalação de tapumes, isolando completamente os acessos a estas unidades, já está em andamento. A área anteriormente já estava sob isolamento parcial pela Defesa Civil, com apoio de vigilância privada noturna.
Engenheiros da construtora, especialistas na metodologia construtiva utilizada, confirmam as conclusões do laudo do condomínio, enfatizando que a explosão levou a um risco de colapso da edificação, o que demanda a implementação de medidas adicionais para garantir a segurança dos moradores.
A construtora reafirma seu compromisso em colaborar solidariamente com as iniciativas necessárias.”