Uma reunião realizada nesta terça-feira (9), na sede do Ministério Público (MP), alinhou a oferta de moradias provisórias na rede pública municipal aos que tiveram de deixar seus apartamentos. O encontro buscava encontrar estratégias de enfrentamento aos problemas provocados pela explosão em um condomínio no bairro Rubem Berta, na zona norte da Capital. No entanto, ainda não há nada formalizado.
— Seria oferecida pousada para os que estão dormindo no salão de festas. Esse é o caso, talvez, mais dramático. Aqueles que não estão com teto. Para essas pessoas, nós vamos oferecer, emergencialmente, para os próximos dias, a possibilidade de eles ficarem em pousadas da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) — relatou o promotor Cláudio Ari de Mello.
Participaram do encontro representantes do MP, da Defensoria Pública, da prefeitura de Porto Alegre, da Caixa Econômica Federal, da construtora Tenda e do grupo de moradores afetados.
A explosão por vazamento de gás foi registrada na madrugada da última quinta-feira (4) no Condomínio Alto de São Francisco. Uma pessoa morreu e e outras ficaram feridas na ocorrência. As causas estão sendo investigadas.
Segundo o promotor, que mediou a reunião, a oferta de pousadas da Fasc, da rede pública municipal, também poderá ser estendida aos demais moradores afetados, que se encontram provisoriamente nas casas de amigos, familiares e vizinhos.
Suspensão de pagamentos
Outro ponto discutido envolve a possibilidade de suspensão dos pagamentos tanto dos financiamentos imobiliários quanto de dívidas junto à construtora, como o parcelamento da entrada dos apartamentos adquiridos.
— Essas duas suspensões permitirão que as famílias tenham sobra de recursos para que elas mesmas procurem uma solução habitacional, como a locação de um imóvel, enquanto nós produzimos uma resposta definitiva.
Reuniões como a realizada nesta terça deverão se repetir semanalmente com o mesmo grupo firmado, envolvendo entes públicos e privados, até que sejam construídas soluções emergenciais e definitivas.
Nesta quarta (10), está prevista a realização de um encontro entre a Defensoria Pública e moradores para apresentação das medidas que poderão ser aplicadas. Já no sábado (13), todos os envolvidos estarão no condomínio atingido para anunciar, oficialmente, o que será feito.
Nos próximos dias, será realizado o cadastro de todas as famílias impactadas direta ou indiretamente.
A Defensoria Pública informou que recebeu, até o momento, apenas o retorno do Instituto-Geral de Perícias e da empresa Tenda a respeito do pedido de informações técnicas sobre o ocorrido. A instituição ainda aguarda respostas da Caixa, da Defesa Civil e da prefeitura de Porto Alegre.