Cenário oposto ao dos últimos dois dias, o sábado (4) é de portões liberados na garagem da Carris, no bairro Partenon, zona leste de Porto Alegre. Entre 5h e 5h30min, a reportagem de GZH avistou cinco veículos deixando a sede da companhia: um articulado e os demais com capacidade regular. Com isso, a tabela horária não deve ter as intercorrências registradas na quinta (2) e sexta-feira (3), quando protestos limitaram o número de ônibus, o que aumentou o intervalo entre viagens.
Uma viatura da Brigada Militar permaneceu próxima ao acesso da garagem durante toda a madrugada. Segundo os policiais, não houve interdição da cancela.
No mesmo período, um grupo ficou reunido sob um toldo, ao lado do portão. A concentração é uma forma de pressionar pela retirada do projeto apresentado pelo executivo que busca privatizar a empresa pública. Faixas em defesa da companhia também foram mantidas no local. "Carris unida jamais será vendida", defendia um dos banners.
A greve parcial da Carris deixou, na sexta-feira, os passageiros com cerca de dois terços da frota que atende às linhas transversais. A prefeitura fechou acordo com consórcios privados, o que atendeu à população, com um pequeno atraso, semelhante à tabela de sábado – algumas viagens ocorreram com intervalo de 20 minutos. A maior reclamação de quem embarcava era de superlotação nos terminais, o que foi comprovado pela reportagem.
Caso haja paralisação entre hoje e domingo (5), a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) garante que o esquema será repetido.