Uma pesquisa inédita do Procon de Porto Alegre verificou o preço de 20 medicamentos em 12 farmácias de Porto Alegre durante o mês de junho. O resultado, divulgado nesta terça-feira (26), mostra que o preço de um mesmo medicamento pode variar até 587% entre os estabelecimentos.
A intenção do Procon com a pesquisa é mostrar ao consumidor a variação e alertar sobre o benefício do cadastro no programa Farmácia Popular, do Governo Federal, que pode fornecer medicamentos gratuitamente.
No levantamento, foram analisados remédios para o tratamento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. A pesquisa apontou que o medicamento Losartana Potássica, por exemplo, usado para tratamento da hipertensão, custa R$ 6,92 em um estabelecimento e R$ 47,57 em outro.
Para a diretora do Procon, Sophia Martini Vial, o aumento do preço é estratégia para que os clientes se cadastrem nos sites das empresas:
— Muitas vezes, o preço é jogado lá em cima para que aquele consumidor que faz uso de medicamento contínuo se cadastre no site da empresa e aí tenha um milagroso desconto de 50%.
A diretora ainda acrescenta que o próximo passo é fiscalizar se as farmácias estão cumprindo o preço máximo. Embora o preço seja livre, uma tabela da Anvisa indica o maior valor que pode ser praticado.