Até dois meses atrás, o médico Alberto Beltrame expandia no outro extremo do Brasil uma carreira iniciada no Rio Grande do Sul. Como titular da Secretaria Estadual de Saúde do Pará, presidia o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), liderava campanhas de combate à pandemia do século, provocada pelo coronavírus, e fazia interlocução com o governo federal. Tudo mudou quando equipes da Polícia Federal (PF) bateram na porta de sua residência em Belém (PA), em junho, atrás de documentos para uma apuração que o coloca como suspeito de participar de uma fraude milionária.
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