No seu primeiro encontro bilateral enquanto presidente do Brasil, Jair Bolsonaro trocou gentilezas com Donald Trump e anunciou medidas para alterar a relação com os Estados Unidos. Neste texto, você poderá entender, em dois ou cinco minutos, o que aconteceu de mais importante na visita do presidente brasileiro.
Para ler em dois minutos
O presidente brasileiro chegou aos EUA no domingo (17). Participou de um jantar na casa do embaixador do Brasil Sérgio Amaral, acompanhado do escritor Olavo de Carvalho e do marqueteiro Steve Bannon.
Ele fez um discurso no qual afirmou que é preciso fortalecer o comércio e criticou o "antigo comunismo".
Quando Bolsonaro chegou aos Estados Unidos, foi editado um decreto dispensando a obrigatoriedade do visto para cidadãos norte-americanos ingressarem no Brasil. Essa medida se estendeu a cidadãos da Austrália, do Japão e do Canadá. O Brasil não exigiu qualquer reciprocidade. Segundo o governo, a medida é para incentivar o turismo e os negócios entre as nações.
Bolsonaro assinou um acordo com os Estados Unidos de "salvaguardas tecnológicas" que permitirá o lançamento de satélites e mísseis norte-americanos da base de Alcântara, no Maranhão.
Na Câmara de Comércio dos EUA, o ministro da economia Paulo Guedes e Bolsonaro discursaram. Guedes disse que o presidente tem "inteligência e colhões" para controlar os gastos públicos. Bolsonaro afirmou que hoje o Brasil é "amigo dos EUA" e tem as "mãos estendidas" para parcerias comerciais. Depois, em entrevista à Fox News, ele fez críticas aos imigrantes brasileiros. Nesta terça, ele admitiu que foi um equívoco.
A visita de Bolsonaro aos EUA encerrou com um encontro no Salão Oval da Casa Branca. O mandatário norte-americano afirmou que o Brasil é "o maior aliado" dos Estados Unidos fora da Otan, manifestou apoio à entrada do país na OCDE e afirmou contar bom o apoio brasileiro para resolver a questão da Venezuela.
No encontro, os dois trocaram camisas de futebol — Trump ficou com a 10 da Seleção Brasileira e Bolsonaro com a 19 da seleção norte-americana.
Para ler em cinco minutos
O presidente brasileiro chegou aos EUA no domingo. Participou de um jantar na casa do embaixador do Brasil Sérgio Amaral, acompanhado do escritor Olavo de Carvalho e do marqueteiro Steve Bannon.
Ele fez um discurso no qual afirmou que é preciso fortalecer o comércio e criticou o "antigo comunismo".
— As ideias do nosso presidente são de fortalecer o nosso comércio, reconhecendo que os EUA são o segundo mercado para os produtos brasileiros (...), reconhecendo que aspectos relativos ao antigo comunismo não podem mais imperar nesse ambiente que nós vivenciamos — disse Barros ao reproduzir a fala de Bolsonaro.
Quando Bolsonaro chegou aos Estados Unidos, foi editado um decreto dispensando a obrigatoriedade do visto para cidadãos norte-americanos ingressarem no Brasil. Essa medida se estendeu a cidadãos da Austrália, do Japão e do Canadá. O Brasil não exigiu qualquer reciprocidade. Segundo o governo, a medida é para incentivar o turismo e os negócios entre as nações.
De acordo com o decreto, a dispensa do visto de visita apenas se aplica aos nativos dos quatro países que sejam portadores de passaportes válidos para tal.
O texto pontua que os viajantes podem "entrar, sair, transitar e permanecer no território da República Federativa do Brasil, sem intenção de estabelecer residência, para fins de turismo, negócios, trânsito, realização de atividades artísticas ou desportivas ou em situações excepcionais por interesse nacional"
Bolsonaro assinou um acordo com os Estados Unidos de "salvaguardas tecnológicas" que permitirá o lançamento de satélites e mísseis norte-americanos da base de Alcântara, no Maranhão.
O acordo de salvaguardas tecnológicas prevê a proteção de conteúdo com tecnologia americana usado no lançamento de foguetes e mísseis a partir da base de Alcântara.
Atualmente, 80% do mercado espacial usa tecnologia americana e, portanto, a ausência de um acordo de proteção limita o uso da base brasileira. O texto também é um acordo de não proliferação de tecnologias de uso dual - quando as tecnologias podem ser usadas tanto para fins civis como militares, caso do lançamento de mísseis.
Na Câmara de Comércio dos EUA, o ministro da economia Paulo Guedes e Bolsonaro discursaram. Guedes disse que o presidente tem "inteligência e colhões" para controlar os gastos públicos.
— Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses — afirmou.
Bolsonaro afirmou que hoje o Brasil é "amigo dos EUA" e tem as "mãos estendidas" para parcerias comerciais.
— Hoje os senhores têm um presidente amigo dos Estados Unidos que admira esse país maravilhoso, e quer, sim, aprofundar, não apenas laços de amizade, bem como as mais variadas negociações. O Brasil tem um potencial enorme, precisamos de bons parceiros.
Depois, em entrevista à Fox News, ele fez críticas aos imigrantes brasileiros. Nesta terça, ele admitiu que foi um equívoco.
A visita de Bolsonaro aos EUA encerrou com um encontro no Salão Oval da Casa Branca. O mandatário norte-americano afirmou que o Brasil é "o maior aliado" dos Estados Unidos fora da Otan, manifestou apoio à entrada do país na OCDE e afirmou contar bom o apoio brasileiro para resolver a questão da Venezuela.
No encontro, os dois trocaram camisas de futebol — Trump ficou com a 10 da Seleção Brasileira e Bolsonaro com a 19 da seleção norte-americana.
— Eu tenho a intenção de designar o Brasil como o maior aliado fora da Otan. Tenho que conversar com muita gente, mas talvez até mesmo um aliado da Otan, o que seria um grande avanço na segurança e cooperação entre nossos países. Precisamos defender os nossos povos do terrorismo, do tráfico de drogas e do tráfico de pessoas — afirmou Trump durante a entrevista coletiva.
— O apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE será entendido como um gesto de reconhecimento que marcará ainda mais a união que buscamos — disse Bolsonaro.
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