Nos Estados Unidos desde domingo (17), onde terá seu primeiro encontro bilateral com o Donald Trump, Jair Bolsonaro selou uma incipiente aliança conservadora com formadores de opinião durante um jantar na embaixada do Brasil. Segundo o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, o presidente brasileiro fez um discurso no qual afirmou que é preciso fortalecer o comércio e criticou o "antigo comunismo". As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
— As ideias do nosso presidente são de fortalecer o nosso comércio, reconhecendo que os EUA são o segundo mercado para os produtos brasileiros (...), reconhecendo que aspectos relativos ao antigo comunismo não podem mais imperar nesse ambiente que nós vivenciamos — disse Barros ao reproduzir a fala de Bolsonaro.
Ainda segundo o auxiliar do Planalto, o presidente falou sobre os acordos de tecnologia e na área militar que serão assinados durante a visita. Bolsonaro anunciou na semana passada que o destaque da visita será a assinatura de um acordo que permitirá o lançamento de satélites americanos a partir da base de Alcântara, no Maranhão.
Bolsonaro desembarcou por volta das 16h40min (horário local) de domingo (17), na base aérea de Andrews, próxima da capital Washington, onde a comitiva brasileira está hospedada. Na noite de domingo, o presidente compareceu a um jantar na residência do embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, para o qual foram convidados Steve Bannon, o polêmico ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, e o escritor brasileiro radicado nos Estados Unidos Olavo de Carvalho, considerado o guru de Bolsonaro.
Poucas horas antes, Olavo de Carvalho, fez duras críticas a militares que compõem os primeiros escalões e afirmou que, se o presidente não promover mudanças, seu governo poderá durar apenas mais um semestre.