Para uns, o 2020 só acabará em 2021. Para outros, a pandemia foi devastadora, dentro ou fora de campo. A temporada exigiu mudanças no jeito de torcer e assistir, mas não alterou o sentimento.
O Juventude vira o ano com o sonho do retorno à Série A — após 13 anos — invadindo 2021. Mesmo com o grito das arquibancadas do Jaconi indo para o sofá de casa, o time do técnico Pintado faz a torcida acreditar no acesso em 30 de janeiro. Depois de um Gauchão complicado e a boa campanha na Copa do Brasil, começar 2021 voltando à elite será a redenção do clube. Ainda mais para quem precisou ganhar duas "Copinhas" num passado recente — 2011 e 2012 — para ter calendário nacional.
De outro lado, o Caxias começou 2020 quebrando desconfianças no Estadual, mas acabou lamentando um fracasso repetido temporada após temporada no Brasileiro. Se em 22 de fevereiro, ainda antes da pandemia, o time fazia festa no sábado de Carnaval com a conquista, sobre o Grêmio, da Taça Ewaldo Poeta — o primeiro turno do Gauchão —, o 13 de dezembro, mesmo que num domingo, acabou com cara de Quarta-Feira de Cinzas. A eliminação para o Mirassol, na Série D, pesou como uma ressaca. No meio disso, a equipe do técnico Rafael Lacerda teve a final do Gauchão e um vice-campeonato, que acabou "atrapalhando" o resto do ano.
Em Bento Gonçalves, o Esportivo, após cinco anos fora da elite estadual, foi além de se manter no Gauchão. Comandado pelo técnico Carlos Moraes, o alviazul levou o título do Interior e, de quebra, garantiu vaga para a Série D e a Copa do Brasil. Melhor, impossível.
Outro que teve motivos para vibrar em 2020 foi o Caxias do Sul Basquete. Depois de dois anos afastado, o time retornou à elite nacional. Com a memória de um NBB dos sonhos, em 2017/2018, a volta, ainda que com adaptações e sem o pulsante Vascão lotado, já alenta a torcida.
Quem novamente se perdeu foi a ACBF. O time de Carlos Barbosa parou nas quartas da Liga Futsal e adiou o sonho de mais um título nacional para 2021. No campo, o Ano-Novo também é esperado por Veranópolis, Glória e Brasil de Farroupilha. Com o fim antecipado da Divisão de Acesso devido à pandemia, o sonho de retorno à elite gaúcha precisou ser adiado.
Num ano diferente, de incertezas e inúmeras dificuldades, é comum do desporto serrano o desejo pelo fim de 2020. Que 2021 possa trazer o alento de sonhar novamente.
Para ler ouvindo
Nosso Grito, Fundo de Quintal