O Juventude entra em campo no próximo sábado (24), às 16h30min, diante do Brasil-Pel pela penúltima rodada da primeira fase do Gauchão. O confronto no Estádio Bento Freitas promete ter um cenário parecido com o segundo tempo do clássico Ca-Ju. O time de Roger Machado deve enfrentar dificuldades em propor o jogo e finalizar contra um adversário bem postado defensivamente, como costumam ser as equipes do técnico Xavante Fabiano Daitx. Após o clássico Ca-Ju 288, que terminou em 1 a 1, Roger Machado admitiu que faltou um pouco de confiança aos atletas na hora do passe e das vitórias pessoais.
— A gente trocou muitos passes laterais e quanto da marcação individualizada quem estava de posse e via alguém se aproximando, evitava de dar o passe. É preciso ter a confiança de jogar o passe no colega, entrar uma corrida de apoio, usar um terceiro homem, virar pro adversário e enfrentar, como fizemos no segundo tempo. Quando eu coloco o Oyama quero que tenha essa vitória pessoal pela aproximação e condução de limpar os jogadores. Quando tens a vitória pessoal no time que está marcando mais encaixado, a cobertura tem que sair e aí começa o desencaixe — opinou.
Diante desta dificuldade, um jogador ganha espaço na prancheta do professor. O jovem Mandaca entrou bem no clássico Ca-Ju. O gol de empate do Juventude tem vitória pessoal do atleta sobre a marcação, algo que o treinador pedia ao time. Roger Machado admite dar uma oportunidade ao volante construtor. Porém, ele projeta ter de sacar um atacante da equipe e alterar a estrutura em campo.
— O Mandaca vem entrando bem, dei os parabéns para ele e falei para os membros da comissão que precisamos olhar com atenção, pois o Mandaca vem entrando muito bem e está merecendo uma oportunidade, só que isso vai mexer na minha estrutura. Vou ter que escolher um dos beiradas para que eu faça o Jadson marcar o lado, como fez ano passado. Não perco em ofensividade e ganho uma característica importante também. Mas isso é de se pensar mais adiante — admitiu o técnico do Juventude.
4-3-3 ou 4-4-2
O técnico Roger Machado já usou dois modelos táticos no Juventude neste começo do Gauchão. O primeiro veio com a formação no 4-3-3. O meio-campo teve Caíque, Jadson e Jean Carlos. Já o trio ofensivo foi composto por Erick Farias fazendo a função de camisa 9 e os extremas Edson Carioca e Lucas Barbosa. Com a chegada de Gilberto, Edson Carioca foi sacado e Erick empurrado para o corredor esquerdo. O técnico alviverde chegou a projetar o modelo com Mandaca no time.
— O 4-3-3 nos deu com Mandaca um jogo de arrasto que é diferente de um jogo de drible, força. O Mandaca tem potência no espaço curto, corre bem com a bola. Mas quando usei um tripé e losango usei dois jogadores na frente e um meia, isso nos dá a possibilidade de defender com sete jogadores, mas quando retomo a bola tenho três jogadores com características de ataque na linha da bola, um meia e dois atacantes. Não vou ter os de beirada, mas vou ter os ataques e as profundidades — explanou Roger.
Um modelo me dá um jogo de construção mais gradativa e outro um jogo um pouco mais de transição, profundidade em outros espaços do campo.
ROGER MACHADO
Técnico do Juventude
Já o outro modelo, o 4-4-2, conta com a saída de um atacante. O treinador utilizou a formação na preservação de Gilberto diante do Novo Hamburgo e São Luiz, mantendo dois na frente. Sobre as ações que o time ganha com este sistema, Roger comentou:
— No 4-4-2, se a gente não coordenar as movimentações, os nossos jogadores vão estar sempre pegando a bola virados para o meu gol, mas nós dá capacidade de soluções, pois tenho dois jogadores de beirada que se conseguirem a vitória pessoal a gente tem a área para pisar com mais gente. Um modelo me dá um jogo de construção mais gradativa e outro um jogo um pouco mais de transição, profundidade em outros espaços do campo — explicou Roger.