Por Larissa de Moraes Gonzaga, diretora institucional da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga
Sabemos que a inovação e novas soluções no que diz respeito à mobilidade urbana das nossas cidades são algo inevitável, mas não podemos deixar em segundo plano os regramentos que disciplinam estes novos modais, tendo sempre como norte a preservação da vida.
Nós, da Fundação Thiago Gonzaga, estamos preocupados com a utilização de patinetes elétricos em nossa cidade. Discordamos do uso de patinetes em calçadas. Conforme estabelece a resolução do Contran, o mesmo é permitido desde que a velocidade não ultrapasse os 6 km/h, mas na prática sabemos que rapidamente estes patinetes ultrapassam essa marca e atualmente não existe mecanismo de fiscalização viável para que a norma seja seguida.
A gente vê dois adultos no mesmo patinete, ou até mesmo adulto carregando criança, quando não nos deparamos com patinetes conduzidos por usuários com idade inferior à idade mínima determinada, entre outros inúmeros desacatos
Estamos convictos de que a prioridade para a utilização das calçadas deve manter-se com o pedestre. Além do mais, sua segurança não fica garantida ao compartilhar esse espaço com patinetes elétricos. Outro ponto importante é quanto ao uso do capacete. O mesmo deveria ser obrigatório, pois é um equipamento de primeira necessidade para garantir a segurança em caso de um acidente.
Já sabemos que equipamentos de segurança salvam vidas. Regras que deveriam ser óbvias para todos não estão sendo respeitadas, basta um breve passeio pela nossa orla num final de semana para constatarmos isso. A gente vê dois adultos no mesmo patinete, ou até mesmo adulto carregando criança, quando não nos deparamos com patinetes conduzidos por usuários com idade inferior à idade mínima determinada, entre outros inúmeros desacatos.
Para que Porto Alegre não tenha que chorar por vidas perdidas devido ao mau uso dos patinetes elétricos, e quem sabe possa expandir este modal nos sistemas de transporte urbano, são necessários regramentos a serem adotados. É crucial realizar campanhas massivas esclarecendo a população das regras de uso dos mesmos e é muito sensato que as normas legais sejam revisadas o quanto antes. Fiscalizações não devem ser dispensadas. Não queremos mais famílias enlutadas.