No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado nesta sexta-feira (26), o Hospital de Clínicas de Passo Fundo promove uma feira de saúde voltada ao diagnóstico precoce da doença. Até as 15h, a comunidade pode aferir a pressão e receber orientações individuais de cuidado à saúde.
No hall do hospital foi montado um circuito, dividido em sessões: checagem da pressão arterial, índice de massa corporal, atividade física, medicações e qualidade de vida. O objetivo é identificar pontos que mereçam maior atenção do paciente, para evitar complicações futuras.
— Alguns pacientes não sabem que têm pressão alta, porque é uma doença silenciosa. Também há casos em que, no momento que a pressão começa a ficar boa, param a medicação. Isto é o mais prejudicial, porque pode ter consequências como infarto e até AVC — explica a fisioterapeuta e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Cardiologia, Débora Dagostini Jorge Lisboa.
O evento é promovido pela Universidade de Passo Fundo e conta com a presença de residentes, profissionais da área da nutrição, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos e cardiologista.
— A gente vai atender toda a população que tiver interesse, de forma gratuita, para trabalhar com esses fatores que predispõem a pressão— resume o enfermeiro Marcelo Walker.
Pacientes foram avaliados conforme cuidados com a saúde
Os participantes receberam uma ficha com o desenho de uma flor, que tinha suas pétalas preenchidas a cada fase do circuito. Conforme o nível de cuidado com a saúde, eles poderiam receber pétalas verdes ou vermelhas, e no fim os residentes orientavam as áreas que precisam de maior cuidado.
No caso da professora Lucimar Borges, o ponto a melhorar foi a alimentação. Hipertensa, ela acompanhava a mãe em uma consulta no hospital quando viu a iniciativa.
— Eu ganhei uma nota boa, mas a gente sempre pode melhorar. No meu caso foi a alimentação, que precisa dar uma melhoradinha, mas na média me saí bem - avaliou.
E teve quem recebeu o diagnóstico de hipertensão na ação. Servidora pública, Adriana Monteiro acompanhava a mãe em uma sessão de quimioterapia e acabou participando da ação.
— Terei que rever meus hábitos e, provavelmente, tomar medicação para a pressão alta. Foi muito bom, porque a gente se descuida deste lado - disse ela, que agora deverá buscar o tratamento.
Já a aposentada e cuidadora, Ivete Prates Bageston, precisa voltar a praticar atividade física. Usuária de medicamentos para a hipertensão, ela teve um bom diagnóstico, mas recebeu um puxão de orelha quanto à prática de exercícios:
— Eu cheguei aqui para fazer um exame, vi a movimentação e achei interessante realizar os testes. Eu tomo medicamento para pressão alta, então nisso deu tudo certo. Mas vou ter que fazer uma atividade porque estou um pouquinho acima do peso -resumiu ela, que agora precisará se cuidar um pouco mais.