Dez municípios do Rio Grande do Sul estão recebendo, desde o início de dezembro, a aplicação do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), que visa conhecer o número de famílias que apresentam problemas nutricionais, como desnutrição, obesidade e deficiência de algumas vitaminas e minerais.
Realizado com o aval da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com apoio de outras instituições e chancelado pelo Ministério da Saúde, a pesquisa aplica entrevistas e exames de sangue a mães e seus filhos de 0 a 6 anos.
Aplicado a nível nacional neste ano, o projeto tem o objetivo de atingir até 15 mil entrevistados, sendo que já passou em boa parte do país no começo do ano. Contudo, sofreu atraso no Rio Grande do Sul por conta da enchente. A previsão é que o processo de entrevistas seja finalizado até maio de 2025, com apresentação dos resultados até o fim do ano.
Ao todo, são 124 municípios brasileiros participando, entre eles os 10 gaúchos:
- Porto Alegre
- Caxias do Sul
- Novo Hamburgo
- São Leopoldo
- Canoas
- Viamão
- Gravataí
- Pelotas
- Rio Grande
- Santa Cruz do Sul
A expectativa da organização é que sejam aplicadas 380 entrevistas em Porto Alegre e 1.060 no Estado todo.
Como funciona?
Os pesquisadores visitam residências de diversos bairros dos municípios – tanto os mais pobres quanto os mais ricos – estipulados por amostras dependendo da faixa de renda de cada localidade.
Além de um questionário, são feitas coletas de sangue das mães biológicas e seus filhos para obter resultados como hemoglobina, ferritina, vitamina A, vitamina B12 e zinco.
Depois, os exames são encaminhados para um laboratório de análises clínicas na mesma cidade. Após isso, os resultados são disponibilizados a partir de 60 dias da coleta do sangue.
Os entrevistados recebem um código pelo WhatsApp para acessar os resultados em uma página online.
Quem aplica a pesquisa?
Todas as entrevistas e coletas são feitas por profissionais com experiência em fazer exame de sangue em crianças. Eles visitam as residências com crachá de identificação, camiseta oficial e documentos que comprovam sua ligação com o Enani.
Além disso, todo o material utilizado, como seringa, luvas e algodão, é descartável e é jogado fora em uma caixa própria para descarte após o exame.
Nenhuma família é obrigada a participar da pesquisa. Os profissionais só acessam as casas com autorização dos moradores.