Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (29), o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, disse não ter uma data exata sobre o prazo para conclusão das novas casas das pessoas que perderam os seus lares na enchente que assolou a cidade em setembro do ao passado. No entanto, assegurou que as moradias aprovadas pela Defesa Civil Nacional estão avançando e espera-se que os recursos sejam liberados em breve.
— A gente gostaria de poder dar uma data, um prazo, mas infelizmente a gente não tem como dar essa precisão. O que a gente pode afirmar, e eu dou segurança de expor isso publicamente, é a questão das casas da Defesa Civil Nacional, porque essas estão aprovadas, com o plano de trabalho aprovado e agora é uma questão burocrática do governo que a gente acredita que nos próximos dias será publicada a portaria com a liberação dos recursos — explica Trojan. — Em relação às demais, a gente realmente ainda tem essa expectativa de definição, mas a gente tem essa pré-aprovação — afirma.
O governo federal enviou uma comitiva ao município para anunciar novas residências dentro do programa Minha Casa Minha Vida Calamidades. A cidade, uma das mais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul em 2023, está em processo de reconstrução. Embora a presença de dois ministros tenha sido cancelada, o evento para o anúncio das novas moradias permaneceu:
— A gente realmente recebeu com uma certa surpresa esse cancelamento da vinda dos ministros, mas eu estava em Brasília ontem (quarta-feira) e compreendi a questão da logística que, por outros motivos, acabou inviabilizando a vinda deles, mas o evento está mantido, as assinaturas estão mantidas e o mais importante que é o atendimento a essas famílias da área rural dos municípios atingidos também está mantido — declarou.
Para as áreas rurais, está prevista a construção de aproximadamente 600 residências em toda a região, segundo o secretário de Comunicação Nacional, Maneco Hansen, que vai substituir os ministros e conduzir o ato desta quinta-feira. Só em Muçum, a demanda por novas residências e reformas expressivas supera as 400 unidades habitacionais, segundo o prefeito. Porém, na área urbana, a situação é mais complexa devido à necessidade de disponibilização de terrenos para construção.
Quanto à situação das famílias desabrigadas, o prefeito destacou o uso do aluguel social como uma medida temporária até a construção das novas residências. Ele enfatizou que há um plano para realocar as famílias das áreas de risco para habitações definitivas em locais seguros, com o apoio do Ministério Público e da comunidade.
— Nós atendemos (os casos) com aluguel social, buscamos, inclusive, a prorrogação dos recursos tanto com o Estado quanto com a União, para, com complementação do município, a gente conseguir manter esse pagamento dos aluguéis até que as casas novas definitivas estejam construídas.