Dia e noite, Janete Zílio é atormentada por uma dúvida inquietante: onde construir a casa nova, depois que a cheia do Rio Taquari devastou os 14 hectares de seu sítio no interior de Muçum, em 4 de setembro. Sobrevivente improvável, Janete foi resgatada na entrada da cidade, após ser arrastada 18 quilômetros correnteza abaixo sobre um telhado de zinco que não largou momento algum, mesmo submetida a sucessivos mergulhos na água com gosto de óleo diesel. A tragédia que completa um mês nesta quarta-feira (4) deixou 50 mortos no RS.
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