Desta vez como visitante em Criciúma, o Inter voltou com um ponto do Heriberto Hülse. Com um time recheado de desfalques, a equipe de Eduardo Coudet abriu o placar no final da primeira etapa, com Bruno Henrique, mas levou o empate do time catarinense no segundo tempo. O 1 a 1 deixa a equipe com 18 pontos, na 10ª posição, após 11 jogos, dois a menos do que a maior parte dos adversários.
Pela circunstância do jogo, o resultado pode ser analisado de duas formas. Ao mesmo tempo em que conquistou um empate fora de casa sem quatro atacantes, estava vencendo até faltar menos de 15 minutos para terminar a partida. O 1 a 1 foi ponto ganho ou dois perdidos? Coudet responde:
— Sempre queremos ganhar. Para mim, quando não ganhamos significa perder dois ou três pontos. Mas estamos sempre sendo visitantes. Então o que estão fazendo esses meninos é espetacular. Valorizo esse time, vamos ser competitivos no próximo jogo também. É evidente que em algum momento teremos de escolher um campeonato. Julho vai ser o mês mais complicado, com viagens e jogos. Mas vamos brigar. Era um tempo para sobreviver, e considero que estamos fazendo mais do que isso.
— Sabemos das dificuldades de jogar aqui, mas temos dois jogos atrasados que precisamos buscar os pontos. Com a volta dos atletas que estão fora, tenho certeza que vamos conseguir conquistar esses pontos.
Coudet fez questão de enaltecer o grupo. No próximo domingo (7), o time voltará ao Beira-Rio após mais de 70 dias. Antes, na quinta-feira (4), terá o Fluminense, encerrando o período sem jogos em casa.
— Teríamos de sair vivos dessa sequência. Nenhum time joga 10, 12 partidas fora de casa. O aproveitamento como mandante é sempre maior. Por isso, nosso desafio era esse. Agora vamos tentar melhorar quando voltarem nossos jogadores. Somos um time competitivo. O grupo está cansado, por isso quero valorizar o esforço, os números físicos são notáveis pela sequência de partidas que temos. Concordo que vai ser muito difícil nos mantermos nas três competições. Agora vamos ver o que teremos à disposição para o próximo jogo e ver quem pode iniciar — declarou.
Em Criciúma, Coudet teve de apelar para um quase desconhecido para reduzir os problemas ofensivos. Sem Valencia, Borré, Alario, Wesley e Lucca, o treinador escalou Lucca Drummond como centroavante. Foi a estreia como titular do jovem de 20 anos que recém chegou à base colorada. Atrás dele, Alan Patrick e Wanderson eram os jogadores mais ofensivos. Fecharam o setor Bruno Henrique, Thiago Maia e Rômulo. Na defesa, Igor Gomes substituiu o lesionado Bustos, e a dupla de zaga teve Vitão e Fernando.
O jogo começou equilibrado. Carecendo de entrosamento e de força ofensiva, o Inter ao menos controlou o ímpeto inicial do dos donos da casa. Com posse de bola, mantinha o ritmo que queria, sem correr riscos.
A superioridade colorada em toda a primeira etapa foi premiada aos 40 minutos, Thiago Maia desarmou Marcelo Hermes no campo de ataque e rapidamente acionou Lucca Drummond na direita. O atacante cruzou rasteiro para trás e Bruno Henrique chegou batendo de primeira, no cantinho, sem chances para Gustavo: 1 a 0. O Inter foi em vantagem para o intervalo.
No segundo tempo, o Criciúma cresceu. O Inter cansou. Fabrício fez duas grandes defesas, uma em chute de Felipe Matheus de fora da área, outra de Eder, na esquerda. Aos 32, o time gaúcho teve a chance de matar o jogo. Bruno Henrique teve espaço na entrada da área, pela direita, e cruzou. Hyoran chegou levemente atrasado e não cabeceou como gostaria.
A resposta do Criciúma foi letal. No minuto seguinte, Bolasie cruzou da esquerda, Arthur Caíke errou em bola, mas sobrou para Claudinho encher o pé direito e vencer Fabrício: 1 a 1.