Com empates contra Santos, no Beira-Rio, e Vasco, em São Januário, a semana do Inter foi marcada por polêmicas envolvendo a arbitragem. Na sexta-feira (26), após o jogo no Rio de Janeiro, o vice de futebol colorado, Roberto Melo, chegou a sugerir que a CBF incluísse no regulamento do campeonato que o time gaúcho não poderia ser campeão brasileiro. Depois, o presidente Marcelo Medeiros prometeu encabeçar movimento para a aplicação do VAR nas últimas campeonato nacional.
— O Inter vai liderar, sim, a partir de amanhã (sábado, 27) vou procurar todos os presidentes (da Série A) para que a gente assine um documento para ter VAR nas sete rodadas que faltam. Não vamos nos entregar — disse Medeiros, em entrevista coletiva.
Neste domingo (28), a história ganhou mais um episódio. Em matéria exibida no Esporte Espetacular, a TV Globo contratou profissionais em leitura labial para revelar o que foi conversado pela equipe de arbitragem na partida contra o Santos, quando o Inter teve um gol de Leandro Damião mal anulado. Nas imagens, o bandeira Cidimar dos Santos aparece dizendo para o árbitro que não tem certeza do que aconteceu.
— Tá impedido, não tenho certeza. Para mim, não vou confirmar, não tenho certeza — diz. — Acho que eu vou dar impedimento — completa.
Depois, Cidimar aparece falando para Víctor Cuesta que a equipe de arbitragem "precisa ver".
Sem a confirmação, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro recorre ao bandeira Guilherme Dias Camilo, que estava do outro lado do campo.
— Você tem informação, Guilherme? — pergunta usando o aparelho de comunicação.
A marcação, no entanto, partiu do árbitro adicional, Anderson Alves de Souza.
— Os jogadores deram um toque na bola. Jogadores do Inter. Vamos, vamos colocar isso logo. Impedimento. Impedimento, Ricardo — orienta ao árbitro.
A reportagem ouviu ainda o presidente da CBF, Coronel Marcos Marinho. O mandatário descartou a possibilidade da implantação do VAR nas rodadas finais do Brasileirão.
— Nós achamos que não seria prudente adotar agora o var para as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. O risco seria muito grande. Envolve treinamento das pessoas, o problema do equipamento, da empresa contratada — justificou.