A notícia é de que o saudita Al Qadisiyah está disposto a pagar 22 milhões de euros por Gabriel Carvalho. Pela cotação desta quarta-feira, R$ 141.98 milhões. O Inter detém 80% dos direitos, assim, ficaria com pouco mais do que R$ 113 milhões. Ou seja, o equivalente a meio projeto das debêntures.
Essa quantidade de zeros está longe de ser problema para o Al Qadisiyah. O clube, em junho de 2023, foi encampado pela Aramco, a companhia petrolífera da Arábia Saudita, maior do mundo no setor e a sexta empresa mais valiosa do mundo, atrás da Microsoft, Apple, Nvidia, Alphabet e Amazon. Só no primeiro semestre do ano, a Aramco registrou lucro líquido de US$ 56,3 bi. A Aramco, por exemplo, foi a única patrocinadora da Copa Intercontinental da Fifa, vencida pelo Real em Doha.
Bom, é uma pequena fração dessa dinheirama que transforma o Al Qadisiyah. Na temporada 2022/2023, o clube havia terminado a Segundona árabe em 11º. Na temporada seguinte, subiu nove pontos à frente do vice. O plano é fazer frente ao Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, ao Al Ittihad, de Benzema, e ao Al Hilal, de Neymar e Jorge Jesus. Para isso, trouxe neste ano Ezequiel Fernández, joia do Boca, Nacho, capitão do Real na conquista da 15ª Liga dos Campeões e Aubameyang, ex-Arsenal e Barça, que havia sido destaque no Olympique na última temporada, com 29 gols e 11 assistências.
No meio do ano, o clube fez proposta milionária para Dybala, mas o argentino resistiu e decidiu seguir na Roma. Fica clara a aposta em veteranos, mas também em joias sul-americanas. Gustavo Nunes chegou a receber oferta, mas preferiu seguir o sonho de jogar na Europa. Agora, a mira está em Gabriel Carvalho. O plano dos árabes é apostar nesses jovens em projeto que visa a evolução do futebol no país até a Copa de 2034. E quem sabe um deles não se naturaliza?
Caso se transfira, Gabriel encontrará no Al Qadisiyah uma colônia espanhola. Michel, ex-técnico de Getafe, Rayo, Sevilla e Málaga trabalha com seis compatriotas na comissão técnica. O diretor esportivo também é espanhol, assim como o chefe do scouting. O clube tem sede em Al Khobar, destino turístico árabe e separado por uma ponte de 25 quilômetros do Bahrein, um país no qual as leis de costumes são menos rígidas. Lá, por exemplo, ao contrário da Arábia, é permitido consumir bebida alcoólica em restaurantes e bares em dezenas de bares licenciados. Ficar embriagado, porém, é crime.
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