Pela segunda vez na história do novo Beira-Rio, o gramado permanente passa por troca total. O trabalho começou em 5 de dezembro, e o campo deve estar em em plenas condições de uso em 30 dias, antes do início do Gauchão. O estádio só havia passado por intervenção assim na reforma para a Copa do Mundo 2014.
De acordo com o vice-presidente de patrimônio do Inter, Gabriel Nunes, o substituição é motivada pelas sequelas deixadas pela enchente de maio. O gramado ficou submerso, e a direção já previa que o replantio feito na sequência, para agilizar o retorno do time à sua casa, não seria definitivo.
O lodo, bem como a água contaminada que restou entranhada no piso, prejudicou o desenvolvimento da grama.
— A nossa meta era voltar o quanto antes para o Beira-Rio. Tivemos a decisão de refazer o replantio de inverno em cima do gramado permanente. Sabíamos que a grama teria algumas dificuldades. Ficou bem nítido no último jogo, contra o Botafogo, que o gramado não estava visualmente nas melhores condições, mas, graças ao trabalho da nossa equipe, conseguimos encerrar a temporada — explica Nunes.
As máquinas escavaram a terra em uma profundidade de oito centímetros nos nove mil metros quadrados de campo. Nunes prefere não especificar números, mas diz que o investimento é expressivo e está contabilizado nos cerca de R$ 90 milhões de prejuízo do clube gerado pela tragédia climática no Rio Grande do Sul.
— É algo bem impactante — define o vice de administração sobre o trabalho.
A grama utilizada no atual replantio é a bermuda tifgrand, a mesma de antes da enchente. Os campos do CT Parque Gigante também passam por manutenção e replantio.