Tudo parecia perdido quando ele chegou. O trem desgovernando corria ladeira abaixo, aproximando-se da zona de rebaixamento. Aí, com um apenas um reforço que nem titular foi o tempo todo (Bruno Tabata), Roger Machado reinventou o time ao substituir Eduardo Coudet.
De anônimo, Bernabei virou Bola de Prata na lateral-esquerda e agora é disputado a tapa no mercado. O volante patinho feio Bruno Gomes entrou na lista do Betis, da Espanha, como um ótimo lateral-direito.
Rômulo agora acerta passes, vejam só. Borré desencantou. Gabriel Carvalho, 17 anos, foi para a seleção sub-20 e virou um cifrão ambulante.
O valor de mercado do Inter pré-Roger era um. O do Inter pós-Roger é outro. Só que ele não é mágico. É impossível todas as escolhas e intervenções do treinador darem 100% certo o tempo todo. Ou achar um novo Wesley e um novo Vitão mais baratos e encaixá-los imediatamente.
Se o Inter perder o que construiu dentro de um recorte bem específico, quando não teve competições paralelas para se preocupar, o prejuízo pode ser maior. Pode ser a temporada de 2025. Vida curta na Libertadores, por exemplo, é perder muitos milhões de dólares em prêmios.
O projeto salvador
As debêntures foram rejeitadas no Conselho Deliberativo. Derrota dura da direção, por dois votos. O pior caminho é o do vitimismo. Antes desse caminho de tentar empréstimos a juros mais baixos (6% em vez de 12% nos bancos), as declarações já eram de temporada espartana, com venda de jogadores para financiar o custeio.
O Inter gastou muito com grandes reforços em 2024. Por Borré, R$ 33 milhões. Wesley, R$ 10 milhões. Thiago Maia por mais de R$ 20 milhões. Tabata, que veio na janela do meio do ano, custou R$ 13 milhões.
Será preciso se reforçar? Sim. Como disse, Roger Machado não é mágico. O jeito é, desde já, lançar o Projeto Garimpo. E rezar.
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