O Grêmio comemora nesta segunda-feira (11) os 40 anos do seu título mundial. Na madrugada de 11 de dezembro de 1983, 14 gremistas (contando os reservas que entraram e o técnico Valdir Espinosa) colocaram os seus nomes em uma das principais páginas dos 120 anos de história do clube.
O time que derrotou o Hamburgo por 2 a 1, com direito a prorrogação, demorou 10 anos para ser montado. O primeiro a chegar foi Tarciso, contratado em 1973. Os últimos foram Mário Sérgio e Paulo Cézar Caju, que chegaram às vésperas da partida em Tóquio.
Confira onde estão os jogadores que fizeram parte daquela conquista.
Mazarópi
Um dos nomes mais queridos pelo torcedor gremista. Geraldo Pereira de Matos Filho não ficou no clube após o Mundial. Retornou em 1985 e defendeu as traves gremistas até 1990. Participou da conquista da Copa do Brasil de 1989. Foi vereador, técnico e preparador de goleiros. No momento, opina nos jogos do Tricolor como comentarista da Grêmio Rádio.
Paulo Roberto
Após o Mundial, transferiu-se para o São Paulo. Atuou em outros grandes clubes do Brasil até se aposentar em 2000. Desde que seus cruzamentos precisos deixaram os gramados, trabalha como empresário. Foi um dos responsáveis pelo retorno de Luan ao Grêmio no segundo semestre deste ano.
Baidek
Torcedor do clube desde a infância, seguiu no clube após o título. Ficou no Grêmio até 1987, quando se transferiu para o futebol português. Na terra de Cabral, fez contatos e seu tornou um influente empresário de jogadores.
Hugo De León
A passagem pelo Grêmio durou mais um anos após o título em Tóquio. Emprestou sua liderança ao futebol até 1993. Disputou duas Copas pelo Uruguai. Vive entre Porto Alegre e o Uruguai. Pode ser visto nas quadras de beach tennis da cidade gaúcha.
Paulo César Magalhães
Atuou pelo Grêmio até 1985. Ainda passou por Inter e Vasco antes de dar um ponto final na vida de jogador. Trabalhou como dirigente e treinador. Em 2019, foi denunciado pelo MP por acusação de estelionato e formação de organização criminosa por envolvimento na contratação de seu sobrinho, Paulo Cézar Magalhães, pelo Inter. Em agosto deste ano, a Justiça rejeitou a denúncia.
China
Jogou futebol até 1994. Logo em seguida, começou a trabalhar nas categorias de base do Grêmio. Também atuou como assessor de esportes da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Porém, retornou ao trabalho na base tricolor.
Osvaldo
Depois de dar um fim na carreira, em 1992, no Vasco, Osvaldo retornou para Santa Bárbara d'Oeste, a 138 quilômetros de São Paulo, onde vive até hoje. No Interior paulista é sócio de uma oficina mecânica com seu irmão e um outro amigo.
Mário Sérgio
Foi contratado para ser o substituto de Tita. Em 1984, voltou ao Inter, onde havia atuado em 1979. Jogou até 1987. Na sequência, trabalhou como técnico, dirigente e comentarista, sendo um dos nomes mais respeitados na crônica esportiva. Foi uma das 71 vítimas do acidente com o avião que levava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana de 2016.
Renato
Virou sinônimo de Grêmio e o Grêmio virou sinônimo de Renato. Mesmo que tivesse proposta da Itália, ficou no clube até 1987. Teve outras rápidas passagens pelo clube como jogador. Em 2023, está em seu quarto trabalho como treinador gremista. Na função, conquistou títulos regionais, uma Copa do Brasil e outra Libertadores. Virou estátua na esplanada da Arena.
Paulo Cézar Caju
No Exterior, era o nome mais famoso daquele time. Tricampeão com a Seleção em 1970, estava em fim de carreira quando chegou para a disputa do Mundial. Se aposentou após conquistar mais um título. Teve problemas com drogas ao deixar os gramados. Com a língua afiada, assina coluna no jornal Correio da Manhã desde 2008.
Tarciso
É o recordista de jogos com a camisa gremista. Foram 723 vezes com o manto tricolor. Ficou no clube até 1985. Ainda jogou até 1990. Fez carreira na política, sendo vereador em Porto Alegre. Um tumor ósseo lhe tirou a vida em 2018, aos 67 anos.
Valdir Espinosa
Optou por não ficar no clube depois da conquista. Retornou outras vezes como técnico. Na função de coordenador, participou da conquista da Copa do Brasil de 2016. Também fez história no Botafogo e no Cerro Porteño. Vítima de câncer, morreu em 2020, aos 72 anos.
Caio
Sofreu com sérios problemas de saúde e faleceu em 2019. O quadro foi tão grave que teve de amputar as pernas. Ele tinha 63 anos. Autor do primeiro gol na final da Libertadores de 1983. Jogou futebol até 1991.
Bonamigo
Subiu da base durante a temporada de 1983. Ficou no Olímpico até 1989, ano em que se transferiu para o Inter. Jogou até 1996. Continuou no futebol como técnico. São 25 anos de carreira como treinador. Seu último trabalho foi no Remo, no ano passado.
Também fizeram parte da conquista:
Beto: tio de Danrlei, trabalha como preparador de goleiros do Tupi de Crissiumal.
Leandro José: é dono de uma empresa de transporte de ônibus em Dois Irmãos, no Vale do Sinos.
Casemiro: outro campeão mundial que também defendeu o Inter. Seguiu a carreira de técnico após a aposentadoria dos gramados. Divide-se entre a Itália e Canoas, onde tem residência.
Tonho: fez carreira como técnico em clubes do Interior do Estado e na base do Grêmio.
César: jogou até o fim da década de 1990. Reside em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro.