Há 40 anos, no dia 11 de dezembro de 1983, o Grêmio era campeão mundial de clubes. Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo, na prorrogação, o time liderado por Renato Portaluppi conquistava o título mais importante da história do clube.
Renato abriu o placar para os gremistas aos 37 minutos do primeiro tempo. Depois de ficar à frente do placar por quase toda a partida, o Grêmio cedeu o empate. Schröder igualou o placar aos 40 minutos da etapa final. Na prorrogação, novamente Renato balançou as redes, logo a três minutos. Depois, o Tricolor segurou o resultado e conquistou o mundo. Abaixo, confira a ficha técnica do jogo e as notas dadas aos jogadores na edição extra de Zero Hora publicada no 11 de dezembro de 1983.
FICHA TÉCNICA
Final do Mundial de Clubes - 11/12/1983
Grêmio
Mazarópi; Paulo Roberto, Baidek, De León e PC Magalhães; China, Osvaldo e Mario Sérgio; Renato Portaluppi, Tarciso e Paulo César Caju. Técnico: Valdir Espinosa.
Hamburgo
Stein; Wehemeyer, Jakobs e Hieronymus; Schröder, Groh, Rolff, Hartwig e Magath; Wuttke e Hansen. Técnico: Ernst Happel.
LOCAL: Estádio Nacional de Tóquio
ARBITRAGEM: Michel Vautrot (FRA) Assistentes: Toshikazu Sano (JAP) e Shizuhasu Nakamichi (JAP)
GOLS: Renato (37'/1°T e 3'/1°Pro) e Schröder (40'/2°T)
Confira as notas dos jogadores do Grêmio:
Mazaropi: uma atuação simplesmente perfeita. Demonstrou total controle emocional, acalmou o time e fez algumas defesas excepcionais. Numa delas, praticamente garantiu a vitória. NOTA 10
Paulo Roberto: não perdeu nenhuma jogada na marcação, dominou o setor, apesar da troca de posições dos alemães, e teve condição para apoiar. Excelente atuação. 10
Baidek: comprovou definitivamente suas qualidades de zagueiro sério e também atento às falhas dos companheiros. Não teve um único erro para ser registrado. 10
De León: um erro grave quando o jogo ainda estava 0 a 0 foi contornado por Baidek. Na média, uma atuação de alto nível, inclusive pelo apoio ao ataque. 9
Paulo César Magalhães: marcou muito bem, com firmeza e até foi para o ataque, perdendo uma chance de gol. Estava nervoso no final, mas não chegou a comprometer. 8
China: a lesão de tornozelo o incomodou durante todo o jogo, mas não impediu que tivesse uma de suas atuações mais seguras no time titular do Grêmio. 10
Osvaldo: assumiu uma função desgastante de marcador, sem deixar de participar de jogadas ofensivas. Cansou no segundo tempo e saiu depois de grande atuação. 9
Paulo Cézar Caju: bem marcado, pouco pôde produzir em termos técnicos e objetivos. Seu mérito ficou por conta da movimentação tática e da preocupação que provocou nos alemães. 7
Renato: o maior destaque do time. Assim como marcou dois gols espetaculares, também deu imensa colaboração no bloqueio de meio-campo e até na marcação dentro da área do Grêmio. 10
Tarciso: o título de campeão do mundo foi um prêmio a sua dedicação em dez anos de Grêmio. Correu como nunca, marcou, cometeu faltas e criou oportunidades de gol. 9
Mário Sérgio: centralizou todas as jogadas e foi perfeito, praticamente sem erros, livrando-se com facilidade da marcação e dirigindo a equipe como um verdadeiro maestro. 10
Caio: substituiu Caju na metade do segundo tempo e deu mais vibração ao lado esquerdo de ataque. Teve chance de marcar, mas errou na conclusão. Boa atuação. 9
Bonamigo: entrou no lugar de Osvaldo e foi extremamente importante na marcação de meio-campo e na condução de bola para os contra-ataques. Tudo com muita segurança. 9