A recontratação de Luan ainda não é consenso no Grêmio. Apesar do pedido do técnico Renato Portaluppi, a direção gremista ainda avalia se vale a pena apostar na volta do atacante, que não jogou em alto nível nos últimos anos e possui um histórico de problemas extracampo. A decisão vai depender sobretudo das condições financeiras do negócio.
Renato está convicto em relação à sua capacidade de recuperar Luan e tenta convencer a direção a recontratá-lo.
— O Luan me ligou sexta, vou trocar ideia com a direção. Não mando no clube, apenas opino. Mas tínhamos dois jogos importantes (contra o Bahia). Agora vamos voltar a conversar. Muita calma nessas horas, não é assim, não decido sozinho, temos três ou quatro pessoas que opinam. Estávamos focados nesses jogos, mas o assunto agora vai voltar à tona — disse o treinador após a vitória sobre o Bahia, nos pênaltis, nesta quarta (9).
Vinculado ao Corinthians até dezembro de 2023, Luan ainda tem cerca de R$ 5 milhões para receber do clube paulista, o que dificulta uma rescisão de contrato amigável. A hipótese mais viável é que os dois clubes cheguem a um acordo para que, ao menos pelos próximos seis meses, os corintianos banquem parte dos salários do atacante. Contudo, ainda assim, o jogador não seria um reforço barato para o Tricolor.
Hoje, Luan recebe um salário de R$ 800 mil mensais. Se o Corinthians concordasse em pagar metade, ainda assim o Grêmio teria que arcar com R$ 400 mil mensais, um valor significativo para um atleta com tantas incógnitas. Nos bastidores, a ideia do clube é fazer um contrato de produtividade, com um salário fixo bem inferior a este. A principal dúvida é se a negociação valeria a pena na relação custo-benefício.
Em paralelo, a direção busca ainda um ponta de velocidade, sonho antigo de Renato, e um centroavante de peso, para ser uma alternativa a Luis Suárez.