
A passagem do Grêmio por Maturín, neste início de semana, atraiu um torcedor gremista especial. Marcos Forgiarini, 57 anos, nasceu em Catuípe, noroeste do Rio Grande do Sul, e chegou à Venezuela em setembro de 2007.
Veio para tentar a sorte na agricultura venezuelana. E garante que deu certo nos primeiros oito anos. Ele começou a sentir os efeitos da crise de 2015 para cá. Casado e com três filhos, o agricultor deixou a família em Santa Cruz do Sul e veio sozinho. Agora, já pensa em voltar para o Brasil, caso Nicolas Maduro seja reeleito no próximo domingo, quando ocorre a eleição presidencial.
Não há emprego e a inflação cresce a cada dia. As pessoas não têm alimentos básicos como pão e leite, nem objetos de higiene pessoal. Sem emprego, a população depende do abastecimento do governo que não consegue suprir a demanda.
Marcos Forgiarini chegou a plantar 500 hectares de soja, milho e mandioca. Hoje, se plantar 200 está satisfeito.