Apostando na economia gaúcha e no estreitamento de laços com o Rio Grande do Sul, a cooperativa de crédito Cresol realizou um evento, no próprio estande na Expointer, para divulgar as ações realizadas para o Estado durante a enchente de abril e maio, além da participação neste momento de retomada. Durante a conversa, nomeada de “Prosa Cooperativista”, os primeiros 45 dias do Plano Safra também foram avaliados pelo presidente da cooperativa, Cledir Magri.
Do total liberado para os cooperados em todo o Brasil – R$ 3,2 bilhões –, Magri informou que, durante esses 45 dias, R$ 682 milhões foram destinados a cooperados gaúchos, representando 18,4% dos recursos liberados. A cooperativa está presente em 240 municípios do Estado, com 267 mil cooperados e 259 unidades de atendimento. Destas, 218 estão localizadas em áreas impactadas pela enchente.
Para os cooperados gaúchos, iniciativas como prorrogação de parcelas, refinanciamentos e linha de crédito emergencial com carência estendida e taxas reduzidas foram implementadas desde maio. Além disso, a Cresol também está flexibilizando indenizações do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e auxiliando na renegociação de dívidas e consórcios.
– O Rio Grande do Sul é o Estado que abriga o maior número de agências e nós estamos empenhando esforços, muita energia, muita dedicação e muito tempo nas nossas contribuições, nessa estratégia e nessa jornada incansável de reconstruir o Rio Grande do Sul – destaca o presidente da cooperativa.
A meta de aplicação do Plano Safra no Sistema Cresol, em todo Brasil, é de R$ 15 bilhões, sendo R$ 10 bi em operações de custeio a curto prazo e R$ 5 bi de investimentos.
– Aqui no Rio Grande do Sul, nós trabalhamos em duas frentes: a frente normal, com os recursos do Plano Safra, mas também estamos operando a linha de crédito emergencial, uma operação de investimento, com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dialoga diretamente com a reconstrução das propriedades. A cada semana nós temos novas medidas que foram anunciadas – relata o presidente.
Aposta da cooperativa no Estado
Na ocasião, o presidente também informou que, até o final de 2025, 30 novas unidades de atendimento devem ser abertas no Rio Grande do Sul. A expectativa é que as novas agências sejam abertas em regiões ainda pouco exploradas pela Cresol, mais ao Sul do Estado.
– Por muito tempo nós ficamos muito na metade Norte do RS. A nossa concentração estava lá. E nos últimos três ou quatro anos, nós tomamos uma decisão sistêmica de que gostaríamos de ocupar o Rio Grande do Sul numa velocidade maior. Então, nós olhamos o Estado, fizemos um mapeamos dele, distribuímos dentro de algumas cooperativas singulares e aceleramos. Se nós pegarmos a Região Metropolitana e Vale do Sinos, há três anos não tinha nenhuma agência, hoje já tem 17 – acrescenta Magri.
Sucesso do modelo cooperativista
Esta é a oitava vez que a cooperativa, que completa 30 anos em junho de 2025, participa da Expointer. O presidente, que está na Cresol há 18 anos, aponta a ascensão do modelo, com base no histórico da cooperativa: nos últimos anos, tem crescido, pelo menos, 30% ao ano. Ele avalia que, atualmente, o cooperativismo, como modelo de negócio, é o que apresenta “as melhores condições, características e estruturas para responder às grandes demandas pela sociedade”.
– Se realizarmos uma análise da atuação do cooperativismo no Rio Grande do Sul diante da catástrofe, nós vamos observar que ele deu respostas rápidas, estruturais, muito presente na vida das pessoas e na vida das comunidades. Nós temos uma convicção muito grande que o futuro da organização econômica e social passa, necessariamente, por pilares ligados ao cooperativismo — comenta.