Após ouvir sua condenação por agressão sexual e estupro nesta segunda-feira (24), Harvey Weinstein reclamou de dores no peito e demonstrou sinais de pressão alta, informou o New York Times. O ex-produtor de cinema deixou o tribunal de ambulância e foi levado para o Hospital Bellevue, em Nova York. De lá, foi encaminhado para uma enfermaria em Rikers Island, onde fica o principal complexo penal da cidade.
O julgamento de Weinstein foi encerrado após dois meses. Ele foi condenado em duas das quatro acusações, mas se livrou da prisão perpétua ao ser inocentado por comportamento sexual predatório quando o acusado comete em série crimes sexuais com diferentes mulheres.
Antes de ir para a instituição médica, Weinstein saiu da sala de audiência algemado. Sua advogada principal, Donna Rotunno, disse que ele estava bem, mas não iria falar mais nada sobre a condição do ex-produtor, segundo o New York Times.
A condenação
A Justiça determinou que Weinstein deve aguardar na cadeia por sua pena, prevista para ser anunciada em 11 de março. A sentença pode ir de 5 a 25 anos de prisão.
O júri que o julgou era formado por sete homens e cinco mulheres. De acordo com relatos da imprensa americana, Weinstein não demonstrou muita emoções durante o julgamento e repetiu três vezes ser inocente a seus advogados.
O ex-produtor foi o estopim do movimento #MeToo, em que mulheres se uniram e relataram casos em que foram vítimas de abusos sexuais em Hollywood. Apesar de dezenas de atrizes, assistentes administrativas e outras mulheres o terem denunciado, apenas os casos de duas delas foi a julgamento.
Jessica Mann o acusou de estuprá-la num hotel em 2013, enquanto Miriam Haley o denunciou por ter praticado sexo oral nela à força em 2006. Ao todo, seis mulheres testemunharam contra ele ao longo do julgamento.
Weinstein foi produtor de sucessos do cinema como O Paciente Inglês, Pulp Fiction e Shakespeare Apaixonado. O ex-produtor também está enfrentando acusações do mesmo tipo em Los Angeles.