O produtor hollwyoodiano Harvey Weinstein, acusado de dezenas de denúncias de crimes sexuais, reclamou que o mundo esqueceu de seu pioneirismo por dar destaque a mulheres em seus principais filmes. O executivo da indústria cinematográfica, cujo caso lançou o movimento #MeToo contra o assédio sexual, enfrentará um julgamento no próximo mês que pode sentenciá-lo a prisão perpétua.
"Eu me sinto um homem esquecido. Fiz mais filmes dirigidos por mulheres e sobre mulheres do que qualquer cineasta e isso há mais de 30 anos. Não estou falando agora, que é moda. Fiz isso primeiro! Fui pioneiro! Tudo foi esquecido por causa do que aconteceu", declarou o produtor de 67 anos, em entrevista ao jornal The New York Post.
Na semana passada, ele chegou a um acordo de
US$ 25 milhões com mais de 30 atrizes e ex-funcionários que o processaram por crimes que variam de assédio sexual a estupro.
Weinstein não terá que admitir irregularidades ou pagar do próprio bolso, de acordo com o portal de notícias TMZ. Em vez disso, o pagamento será feito pelas seguradoras de seu antigo estúdio de cinema, agora falido, The Weinstein Company.
"Tudo o que Harvey Weinstein fez profissionalmente por mulheres é ofuscado pelas sérias alegações de má conduta sexual por mais de 60 mulheres", disse a advogada Gloria Allred, que representa alguns dos acusadores, em comunicado à ABC News. "Ele não foi esquecido. Ele é um réu em um caso criminal de destaque no qual é acusado de crimes graves contra mulheres, incluindo estupro, agressão sexual criminal e alegações de agressão sexual predatória", acrescentou.
As acusadores de Weinstein incluem algumas das atrizes mais famosas do mundo – como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Salma Hayek –, embora nenhuma faça parte do processo.