O que eu tenho recebido de coisas legais em casa, novos produtos, iniciativas, novidades do setor da gastronomia, é incontável. Sem exagero, não tem como calcular, quanto mais comer e usar tudo.
Impossível negar que esta fase chata mostrou, sim, pelo menos uma face menos triste, que é este mundo novo de oportunidades e de projetos de vida colocados em prática com um prazo de urgência inédito.
Considerando que não sou a central dos recebidos da pandemia, fico ainda mais entusiasmado ao concluir que fico sabendo – e provando – apenas a menor parte dessas empreitadas, mas com a certeza de que todas elas são frutos de grandes paixões pessoais.
Provei pimentas caseiras maravilhosas, temperos para churrasco, vinhos em lata, pratos pré-prontos embalados à vácuo, doces, cafés inesquecíveis, azeites, facas artesanais. A lista é longa.
Torço energicamente para que essas iniciativas se perpetuem, não apenas por merecerem, ou por todo o contexto, mas, principalmente, por serem legítimas. Trazem consigo um talento dos seus criadores, que possivelmente seria deixado de lado em outros tempos.
É olhando para dentro que essas coisas ganham forma, saindo um pouco do caos e do modo automático.
Mesmo que não percorram o caminho que seus idealizadores imaginaram para cada uma delas, já cumpriram muito bem seu papel na vida deles.
Criam memórias, novas histórias, conexões inéditas com pessoas que talvez não cruzassem suas vidas. Muda a rotina, dá frio na espinha, estabelece um significado diferente para cada novo dia. São várias vitórias.
A trajetória profissional já será outra, abre portas que não se abririam, e os aprendizados são intermináveis. Por isso que sempre vale a pena.
O melhor investimento é sempre no que faz o coração bater mais forte.
Me emociono quando percebo que a comida nunca sai de moda, é a primeira opção na lista das iniciativas, carregando um infinito de significados, no meu ponto de vista: a gastronomia vive. E respira sem aparelhos!