Não existe dia do ano em que um churrasco não caia bem. Mas, nessa época de Semana Farroupilha, com tanta gente falando sobre o assunto e fazendo assados por aí, apetece ainda mais. Não sou de negar qualquer tipo de churrasco, mas, com o passar do tempo, fui identificando os tipos de preparo, os cortes e os sabores que mais me agradam.
Gosto não se discute, eu sei, mas adoro tentar convencer todo mundo que gosta da carne bem passada. Para mim, aquele ponto vermelhinho puxando para o mal passado é onde a carne atinge o melhor de seu sabor. Outra briga saudável que compro em torno do fogo é pela diminuição da quantidade de sal na carne. De tanto observar os bons assadores, fui
percebendo que os que colocam o sal somente no final e em quantidades menores obtêm resultados melhores e mais saborosos.
Sinto que o assunto “churrasco” nunca esteve tão na moda. Grandes eventos, cursos de preparo e diversos perfis nas redes sociais têm feito o tema estar ainda mais presente na vida dos brasileiros. Esse evidente desenvolvimento proporcionou uma busca por carnes de melhor qualidade, algo que fez o mercado evoluir, assim como o paladar dos consumidores. Estamos descobrindo cortes que não eram explorados e aprendendo sobre marmoreio. Quanto mais
informação temos, mais experimentamos e preservamos a nossa cultura.
Outra constatação que fiz sobre o meu estilo de churrasco é que ele tem cada vez mais carnes e menos acompanhamentos, por mais que eu adore uma salada de batata, um bom pão com alho e uns legumes assados. O importante é não queimar a largada e ficar de olho naquele pedaço que o assador guarda para o grand finale.
O mais importante do churrasco é sua função social, de reunir os amigos ao redor do fogo e de render boas histórias, sempre acompanhado de uma cerveja, vinho ou caipirinha. Por essas e outras que eu comeria churrasco todos os dias.
* Conteúdo produzido por Diego Fabris