A Noite dos Museus voltou forte. Depois de dois anos sem acontecer presencialmente, o evento está tirando milhares de pessoas de casa, que trocaram o cobertor para espantar o frio por cultura e diversão na noite deste sábado (21). E o principal espaço que reúne os porto-alegrenses é o palco montado na Praça da Alfândega, entre o Margs e o Memorial do Rio Grande do Sul, no Centro Histórico.
O local, que conta com um mar de gente, convocou diversas atrações para animar o público. E a primeira delas já chegou com a intenção de esquentar a noite: às 19h30min, a Imperadores do Samba apresentou uma performance cheia de gingado, levando o Carnaval para a Noite dos Museus e colocando o pessoal pra sambar.
A professora Márcia Gomes, que estava dançado e cantando Explode Coração juntamente com a Imperadores do Samba disse estar feliz por estar matando a saudade.
— Este evento é maravilhoso. Venho desde o primeiro. Ele democratiza a cultura e nos dá a oportunidade de prestigiar a arte feita aqui no nosso Estado — reforçou.
Laís Lourenço, dona de um truck de cerveja artesanal, veio para a praça acompanhada dos dois filhos, Maximiliano, seis anos, e Alice, quatro.
— A estrutura está bem legal. É a primeira vez que a gente vem, viemos conhecer. Nunca tínhamos entrado nesses museus. E o policiamento está ótimo, bem diferente do resto dos dias, em que nem dá pra andar por aqui — disse Laís.
Maximiliano, por sua vez, contou que gostou bastante de conhecer o Memorial, mas ficou um pouco decepcionado por não ser como o filme Uma Noite no Museu:
— Nada ganhou vida.
Dentro do Memorial, um grupo indígena, vindo da aldeia Anhetengua, na Lomba do Pinheiro, fez uma performance, apresentando a cultura guarani. Responsável por tocar violino, Armindo Gonçalves disse que é muito importante para o seu povo participar de um grande evento como a Noite dos Museus, pois coloca holofote em suas tradições.
— Cada um tem a sua cultura. E, com a gente se apresentando aqui, todo mundo vai ver como o povo guarani canta, dança e até mesmo toca violino — reforçou.
O palco, ocupado pela diversidade cultural, ainda teria a performance Fakecina, de Alexandre de Nadal, que apresentou um “remédio” contra as fake news, às 20h, um show conjunto de As Tubas e de 50 Tons de Preta, às 21h, a apresentação da banda Gelpi, às 22h15min, e, também, para fechar, a primeira atração internacional da Noite dos Museus, com a argentina Barbarita Palacios, às 23h30min, para fechar o evento misturando ritmos contemporâneos e sul-americanos, como cumbia, milonga e rock alternativo.
Além disso, diversos food trucks garantiram que todo mundo ficasse bem alimentado para aproveitar a noite — além do quentão, que é a bebida favorita dos participantes.