Na coluna A história de Lila Ripoll, escritora gaúcha vencedora do Prêmio Neruda da Paz, texto que celebra os 114 anos de nascimento da poetisa, jornalista, professora e pianista Lila Ripoll, foi mencionado o grande abalo provocado nela pelo assassinato de seu primo, e irmão adotivo, Waldemar Ripoll (1906–1934). Waldemar foi morto a machadadas em 31 de janeiro de 1934, na cidade uruguaia de Rivera, onde se exilara por problemas políticos. A matéria, enviada pelo nosso colaborador Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite, cita o livro A Imprensa Operária do Rio Grande do Sul, do jornalista João Batista Marçal (1941–2018), em que o autor afirma que o crime seria por razões políticas “em função de Ripoll ser adversário de Getúlio Vargas, além de dar apoio aos paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932 e se aproximar da esquerda.”. Marçal registra, também, que “o assassinato fora encomendado por figuras ligadas a Flores da Cunha”. Embora essa versão tenha se disseminado na imprensa e sido aceita por grande parte dos admiradores e correligionários do jovem morto, nem todos concordam com ela, e as investigações desenvolvidas não foram conclusivas nesse sentido.
Parte I
Um assassinato que mexeu com a vida política do Estado na década de 1930
Waldemar Ripoll foi morto a machadadas em janeiro de 1934, em Rivera, no Uruguai
Ricardo Chaves
Enviar email