Depois da vitória da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, o efetivo da Brigada Militar que ajudou os gaúchos a amarrarem seus cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, retornou ao seus quartéis no Sul. Grandes derrotados daquele movimento, os paulistas, em 1932, insurgiram-se e deflagraram a Revolução Constitucionalista, também chamada de Guerra Paulista, que ocorreu entre 9 de julho e 2 de outubro daquele ano.
Depois de alguma hesitação, e da troca do comandante da Brigada Militar, o interventor no Estado, general Flores da Cunha, aderiu ao Governo Provisório (de Vargas) e, mais uma vez, a BM foi mobilizada para integrar a Frente Sul (legalista) contra os revoltosos paulistas. Segundo relatórios das operações desencadeadas naquela época, dos contingentes da BM (entre tropas efetivas e corpos auxiliares), o número de mortos e feridos gravemente em combates somou algo entre cem e 200 homens. Foram mobilizados, pela BM, o 1º, 2º, 4º e 5º Batalhões de Infantaria. Também participaram o 2º e 3º Regimentos de Cavalaria, além do 3º, 6º, 10º, 14º, 17º, 24º e 25º dos Corpos Auxiliares.
Segundo o leitor James Chaves da Silva, 48 anos, de Santana do Livramento, o seu avô, Nicomedes Cardoso Chaves (1902-1983), era, em 1932, um sargento da Brigada Militar.
"Ele sempre dizia que, nesta foto, em que aparece assinalado por uma seta, eles estariam embarcando em um trem, em Cachoeira do Sul, com destino a São Paulo, no ano de 1932, para lutar na Revolução Constitucionalista, que irrompera naquele Estado. Dizia ainda que, em meio à viagem, a revolução haveria sido debelada, restando à tropa, então, retornar sem lutar", revela James, que gostaria de obter mais informações sobre a histórica imagem.
Fonte: Brigada Militar – Trajetória Histórica e Evolução na Constituição, de Moacir Almeida Simões