Foi concluída a etapa de negociação comercial da aquisição de quatro navios de 15 a 18 mil toneladas na licitação vencida pela Ecovix, empresa que opera o Estaleiro Rio Grande, com a Mac Laren, que tem unidades em Niterói (RJ).
A conclusão ocorreu na última sexta-feira (20) e, segundo a Transpetro, empresa de logística da Petrobras, o consórcio apresentou preço final de US$ 69,5 milhões por embarcação. Assim, o total é de US$ 278 milhões que, ao câmbio (em forte alta, de novo) de hoje, alcança R$ 1,7 bilhão.
O valor é igual ao informado na época, mas tem um detalhe importante: no início de novembro, a cotação do dólar era de R$ 5,737. Tomando por base o valor em reais, o preço de partida seria US$ 296,3 milhões. A negociação teria enxugado, portanto, US$ 18,3 milhões. A subida do dólar acabou deixando o valor em reais no mesmo nível do estimado.
A assinatura do contrato, com o consequente início dos trabalhos, está prevista para o início de 2025, quando a Transpetro também deve lançar um novo edital para aquisição de oito navios gaseiros.
Pelas regras, a Ecovix e a Mac Laren não podem disputar novas licitações do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras por já terem vencido uma das etapas.
A conclusão dessa fase do processo licitatório ocorre seis meses depois do lançamento da licitação e passou pelas análises técnicas e de governança do Sistema Petrobras.
Os novos navios vão ampliar a capacidade de atendimento da Transpetro à Petrobras, permitindo a redução de afretamento desse tipo de unidade.
— Estamos muito satisfeitos com a conclusão dessa etapa do processo de contratação, conduzido com total empenho, zelo e lisura. É um marco para a nossa gestão retomar a aquisição de navios no Brasil após 10 anos sem contratar embarcações para ampliar a frota. Vamos ampliar em pelo menos 25% a capacidade logística da Transpetro — afirma o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci.
Os navios que serão construídos pelo consórcio entre a Ecovix e a Mac Laren são do tipo "Handy". A licitação exige soluções com maior eficiência energética e menor emissão de gases que provocam o efeito estufa e operação com bunker, um derivado de petróleo, ou biocombustíveis.