Sem Neymar, seria mais do que esperado que Tite colocasse Everton como titular da Seleção Brasileira no jogo contra a Venezuela na próxima sexta-feira (13). Não é o que deve acontecer. Gabriel Jesus, Richarlison e Roberto Firmino estão por ser confirmados na equipe principal. O que pode parecer apenas uma opção do treinador por questões estratégicas tem outros motivos a ser analisados. O ex-atacante do Grêmio já viveu melhores momentos desde sua chegada a Portugal e tudo indica está sendo vítima do excesso de jogos, algo bem típico de seu atual técnico, Jorge Jesus, e bem diferente do que é feito por Renato Portaluppi.
Nos 11 primeiros jogos da temporada de Portugal disputados pelo Benfica, Everton esteve presente em todos, começou encantando, mas nos últimos já foi substituído no intervalo. O diagnóstico dos portugueses é que o jogador está sem "o gás do Grêmio". O jornal "O Jogo" faz uma relação direta de uma deficiência física com o fato dele estar driblando, chutando e cruzando menos. É citado na mesma reportagem que um maior desgaste se deve ao fato do atacante estar mais dedicado a marcar, algo que é cobrado pelo técnico Jorge Jesus.
Lembrando a maneira como Renato administra o condicionamento de seus titulares e a exigência mais ofensiva por parte de seu ex-técnico, por certo Everton está com saudades da Arena. A aposta do Cebolinha é que o cumprimento de novas funções o valorize, ainda que diminua a o encanto de suas jogadas individuais e seus gols. Na Seleção Brasileira ainda há a tentativa de Tite de trocá-lo de lado e uma concorrência fortíssima que se acentuou com novas convocações no setor como Pedro e Vinícius Júnior.
É fundamental para Everton estar em perfeita condição física. Seja onde precisar jogar, atacando ou defendendo, não dá para imaginá-lo sem a energia que o consagrou. Se Jorge Jesus coloca isto em risco, Renato sempre preservou esta valência. A quem o admira, resta torcer para que não se perca a magia de seu futebol.