Nem sempre uma oferta mais alta significa uma opção certa no futebol. O atacante Everton mostra preferência por atuar no Benfica de Portugal, em detrimento do seu clube xará Everton, da Inglaterra. O que se sabe é que o proposto em libras para o Grêmio e para o jogador poderia ser mais vantajoso do que o oferecido em euros pelos portugueses. Isto não se mostrou definitivo, e o Cebolinha tem bons motivos para uma opção lusitana.
A Premier League é a maior competição nacional de clubes no mundo e Liverpool uma cidade maravilhosa. O Everton; no entanto, está longe de ser um favorito ao título inglês. É um coadjuvante que não se classificou sequer para as fases prévias da Liga dos Campeões. Além disso, a adaptação necessária acontecerá num país de idioma bem diferente do português e costumes igualmente bem distintos aos brasileiros.
Ao desembarcar em Lisboa, Everton já o fará como ídolo de uma das duas maiores potências futebolísticas do país e do continente europeu. De saída, ele estará na Liga dos Campeões já em 2020, ainda que precisando jogar uma fase antes da etapa de grupos. No campeonato português a chance de título é total. A indicação de seu nome pelo técnico Jorge Jesus cria mais segurança para ele se adaptar ao time.
Não bastasse tudo isto, chegar a um universo que fala a língua portuguesa e com um intercâmbio permanente com o Brasil é fundamental para família, e amigos. O Cebolinha estará em casa no "Ninho das Águias", como é chamado o Estádio da Luz. Seu caminho pode reproduzir o que antigos tricolores já fizeram para se consagrarem com a camisa do Benfica como Valdo e Jonas.
Lisboa é uma cidade espetacular e, no caso de Everton, talvez seja tão perto do seu Ceará quanto era Porto Alegre. Pelo menos lá tem voo direto.