Ex-atacante do Grêmio, Jonas encerrou a carreira em grande estilo. O camisa 10 do Benfica se despediu dos gramados nesta quarta-feira (10), ovacionado por 55 mil pessoas no Estádio da Luz, em Lisboa. Aos 35 anos, 14 dedicados ao futebol profissional, parou com 300 gols marcados e 12 títulos conquistados. Os melhores resultados vieram na passagem pelo clube português, onde ficou por cinco anos, disputou 183 jogos, marcou 137 gols e venceu quatro vezes a Liga de Portugal — sendo duas vezes artilheiro e eleito o melhor da competição.
— Não é fácil tomar decisão de parar de jogar futebol profissional. São quase 15 anos de carreira, mas a partir do meio da temporada passada eu vinha me preparando para isso devido a problemas físicos e, ao entender que não conseguiria jogar em alto nível, não conseguiria ajudar meus companheiros como deveria. Estou bem tranquilo, parei na hora certa, vindo de uma época fantástica que conseguimos a reconquista (do título da Liga de Portugal). Nada melhor do que terminar dessa maneira — comentou em entrevista exclusiva ao canal Benfica TV.
A família de Jonas esteve presente no estádio em sua última partida e o viu sendo o último a pisar no tapete vermelho estendido ao grupo que vai disputar a temporada 2019/2020. O evento de despedida teve como pano de fundo o amistoso contra o Anderlecht, da Bélgica. Na cerimônia, Jonas foi recebido pelo presidente do clube, Luis Filipe Vieira, diante de todas as taças que ajudou a conquistar desde 2014. Ao receber um presente do dirigente, o jogador foi às lágrimas.
Com a bola rolando, saiu justamente aos 10 minutos e 10 segundos, em amistoso realizado no dia 10. Uma grande homenagem àquele que foi o segundo maior artilheiro estrangeiro da história do clube português.
— Foi um dia especial, marcante. Sentimento de dever cumprido pelo que eu vivi hoje aqui diante dos torcedores, da minha família, da família benfiquista. Serei eternamente grato a esse clube. É uma despedida dos campos, mas um até breve para a torcida, porque pretendo visitar o clube sempre — completou.
Natural da pequena cidade paulista de Taiúva, Jonas iniciou a carreira pelo Guarani, de Campinas, em 2005, aos 19 anos. De lá seguiu para o Santos e, posteriormente, ao Grêmio. Acabou emprestado à Portuguesa e, na volta, viveu o auge no futebol nacional com a camisa tricolor, sendo até hoje o recordista de gols no formato de pontos corridos com 20 equipes, ao marcar 23 vezes no Brasileirão de 2010. O destaque o levou à Europa, onde defendeu o Valencia, da Espanha, até chegar ao Benfica. Pela Seleção Brasileira, disputou 12 jogos e anotou três gols.
— Hoje se cumpre o que eu vinha dizendo nas últimas entrevistas: que eu gostaria de encerrar a carreira no Benfica. E tive o privilégio de fazer isso — concluiu ele.