Os jogos do Inter contra o Juventude pela semifinal do Gauchão foram marcados, além da eliminação, por um Enner Valencia descontado. Difícil trabalhar com o “se” no futebol, mas é possível afirmar que, se o atacante tivesse na sua melhor versão física, poderia ter ajudado o Colorado na busca pela classificação.
O time como um todo não funcionou. Por ser um atleta fora da curva, Valencia poderia desequilibrar a favor do Inter caso tivesse condições. Na partida de volta, no Beira-Rio, o atacante nem começou o jogo. Claramente, estava com dificuldades no peito do pé. Desde então, não tivemos o camisa 13 na totalidade da sua condição. O time estava burocrático e sem soluções individuais. A mesma coisa aconteceu diante do Belgrano pela Sul-Americana. Os marcadores adversários neutralizaram o sistema ofensivo colorado sem grandes dificuldades.
Claro que Valencia é um jogador de muitas oportunidades desperdiçadas. Para o nível dele, é comum que isso aconteça. Mas em alguns momentos, ele cria suas próprias oportunidades. Não é fácil encontrar um atleta com essas características no mercado. Precisamos valorizar tê-lo por aqui, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Nos últimos jogos, um dos principais pontos negativos foi a falta de criação lá na frente. O técnico Eduardo Coudet chegou a assumir isso após a estreia na Sul-Americana.
A torcida é para que o equatoriano volte logo ao time. A grande medida adotada por Coudet deve ser a utilização de Borré e Valencia na frente. Não é sobre a briga desses dois jogadores pela titularidade. A ideia deve ser: dois atacantes relevantes do futebol continental atuando juntos. Pelo desempenho momentâneo, Wanderson é quem está com a vaga no time comprometida.