Em todas as imagens da visita que fez no sábado (20) à CEEE Equatorial e à RGE, o governador Eduardo Leite aparece com cara de poucos amigos. O rosto tenso reflete a preocupação com o desgaste provocado pela demora das concessionárias em restabelecer a energia depois do temporal de terça-feira.
Embora ao longo dos últimos dias os balanços tenham mostrado a RGE com mais pontos sem energia do que a Equatorial, a cobrança dos clientes é maior sobre a empresa que atende a Capital.
Por ser a Equatorial sucessora da CEEE pública, Leite é cobrado por ter privatizado a estatal. Para quem está sem energia desde a noite de terça-feira, não adianta explicar que a CEEE pública também demorava para resolver todos os problemas depois de um temporal de grandes dimensões. O cliente quer solução para o agora e, não raro, esquece o passado.
Leite foi à sede das duas empresas para mostrar que não está inerte.
— É compreensível a indignação e a irritação das pessoas nesse momento. Eu também estou muito incomodado com essa demora na religação da energia tanto em Porto Alegre quanto nas cidades da Região Metropolitana. Estamos, aqui, para acompanhar, demandar e exigir informações. A gente vai continuar, mordendo os calcanhares das empresas para que cumpram seu papel — disse o governador após as visitas.