O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Lembrada pela relação conturbada com o Piratini durante o governo de Yeda Crusius (PSDB), a ex-presidente do Cpers Rejane de Oliveira será lançada neste sábado (4) como pré-candidata a governadora pelo PSTU. O evento partidário ocorre na Rua Dr. Barros Cassal, 220, em Porto Alegre, a partir das 16h. A pré-candidata do PSTU à presidência, Vera Lúcia, participará do lançamento.
— Queremos apresentar um programa para revogar as reformas que tiraram direitos da classe trabalhadora, revogar as leis da privatização. Precisamos trazer de volta o nosso plano de carreira — diz Rejane.
Até o momento, Rejane é a única mulher pré-candidata ao governo do Estado. Militante sindical e socialista, a professora da rede estadual participou da polêmica manifestação na frente da residência de Yeda, em 2009. Na época, o Cpers protestava contra as chamadas "escolas de lata", que eram salas de aula improvisadas dentro de contêineres. A manifestação teve fim com a intervenção da Brigada Militar.
— A governadora se colocou radicalmente contra os direitos da nossa categoria. Fomos obrigados a dar uma resposta à altura dos ataques — afirma a ex-presidente do sindicato.
Se confirmar a candidatura de Rejane, o PSTU é o quinto partido de esquerda e centro-esquerda a apresentar nome para concorrer ao Piratini. Os outros quatro pré-candidatos são Beto Albuquerque (PSB), Edegar Pretto (PT), Pedro Ruas (PSOL) e Vieira da Cunha (PDT).
Júlio Flores não definiu se irá concorrer
Por razões de saúde, Júlio Flores ainda não definiu se irá concorrer em outubro. O professor já concorreu a governador três vezes, em 2002, 2010 e 2018. Agora, se disputar a eleição, deve tentar vaga na Assembleia ou Câmara dos Deputados.
— Se não concorrer, vou estar colaborando — diz Júlio.