Fracassada a tentativa de aliança com o Republicanos, o PP optou por uma solução caseira para formar a chapa majoritária: a vereadora Nádia Gerhard, recém filiada ao partido, será a candidata ao Senado. O anúncio será feito nesta quarta-feira (20), às 13h, na sede do Progressistas. Nem o PP nem a vereadora confirmam, mas a coluna obteve de diferentes fontes a informação de que a Comandante Nádia será a candidata na chapa que tem Luis Carlos Heinze como candidato a governador, com a vereadora Tanise Sabino de vice.
A se confirmar a indicação de Nádia, a disputa pelo Senado terá dois militares da mesma linha ideológica, ambos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL): ela e o vice-presidente Hamilton Mourão, do Republicanos. Com a direita dividida e tendo no páreo a ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD), que se define como de centro, a esquerda deverá apostar na candidatura de Manuela D’Ávila, que lidera diferentes pesquisas de intenção de voto, mas ainda não confirmou se aceita concorrer.
Uma das primeiras oficiais da Brigada Militar a chegar ao posto de tenente-coronel, Nádia, hoje na reserva, filiou-se ao PP com a intenção de concorrer a deputada, mas o congestionamento de policiais civis e militares na disputa fez o PP concluir que o Senado seria uma opção mais interessante.
A indicação de Nádia retira definitivamente do páreo o deputado federal Jerônimo Goergen, que anunciou sua saída da vida pública quando percebeu que suas chances de ser candidato eram remotas. No momento em que Mourão optou pelo Republicanos e fechou acordo com Onyx Lorenzoni, Jerônimo foi convidado informalmente por Heinze e pelo presidente do PP, Celso Bernardi, mas pediu tempo para pensar.
Na noite de segunda-feira (18), quando já circulavam especulações de que a candidata seria a vereadora, Jerônimo demonstrou surpresa. À coluna, disse que estava trabalhando junto com o partido uma solução para o Senado, com ele ou sem ele.