Depois de ver o Republicanos cair nos braços da candidatura de Onyx Lorenzoni ao Piratini, o Partido Progressista (PP) se voltou a uma solução caseira para definir o nome que irá disputar o Senado na chapa de Luis Carlos Heinze. No último sábado (9), Heinze e o presidente do PP, Celso Bernardi, sondaram o deputado Jerônimo Goergen para o cargo. A reposta foi nem que sim, nem que não.
— O tempo passou e eu fui cuidar da minha vida. O partido não me manteve em visibilidade. Simplesmente seguiram a estratégia deles — diz Jerônimo.
Apesar de dizer que não sente mágoa, Jerônimo afirma que Heinze e Bernardi cometeram "erro de avaliação política" ao apostar na possibilidade de trazer o vice-presidente Hamilton Mourão (PRB) para a chapa. Mourão acabou com Onyx e o PP se viu sem alternativa externa para o Senado.
— Ir só para ir eu não vou. Eles precisam me mostrar mobilização e convicção. Até agora não tinham demonstrado — afirma o deputado.
Bernardi reconhece que a estratégia de buscar a aliança com o PRB "atrasou" a definição na chapa de Heinze. Mas afirma que o partido vai concentrar os esforços para bater o martelo sobre o nome do candidato ao Senado nas próximas semanas.
— Nós acreditávamos na coligação, mas o vice-presidente Mourão fez a opção por estar na chapa do Onyx. O Jerônimo tem apoio de prefeitos, vice-prefeitos, da base. O candidato do partido sempre foi o deputado Jerônimo.
