A seis meses da eleição, o Progressistas (PP) vive o drama de não ter um candidato competitivo ao Senado, depois de abrir mão de dois com chances de eleição. Há um ano, o PP tinha dois pretendentes à vaga: a ex-senadora Ana Amélia Lemos e o deputado federal Jerônimo Goergen, que estava disposto a disputar a indicação com ela. Com o lançamento do senador Luis Carlos Heinze para o governo do Estado, o partido decidiu oferecer o Senado e a vaga de vice a potenciais aliados. Ana Amélia filiou-se ao PSD e Jerônimo ficou esquecido.
Heinze marcou um gol ao atrair o PTB, cobiçado também por Onyx Lorenzoni, e anunciou a vereadora Tanise Sabino como sua vice. No Senado, a intenção de atrair o vice-presidente Hamilton Mourão fracassou. Mourão optou pelo Republicanos, que fechou com o deputado Onyx Lorenzoni (PL), e agora a base do PP insiste no nome de Jerônimo, mas o deputado não foi convidado e segue disposto a abandonar a vida pública.
— Deixei claro para o partido que gostaria de disputar o Senado, mas não seria empecilho à construção de uma aliança ampla. Como a maioria dos partidos está montando suas alianças, a base me cobra, mas não recebi nenhum convite ou sondagem do senador — diz Jerônimo, preocupado com a possibilidade de ser responsabilizado pelo eventual fracasso do PP.
Sem um nome competitivo, eleitores do PP indicam que votarão em Ana Amélia ou em Mourão.