O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
A saída de Ana Amélia Lemos do PP já era esperada dentro e fora do partido, mas os termos da carta de desfiliação e as declarações da ex-senadora à coluna incomodaram os progressistas. O presidente estadual do PP, Celso Bernardi, afirmou que o partido sempre garantiu “total apoio” às iniciativas de Ana Amélia e que jamais deu sinais de que quisesse sua desfiliação:
— O partido nunca defendeu não a ter em seus quadros. A discussão sempre foi a respeito da candidatura ao Senado, e ela sabe que as coligações são naturais e são necessárias.
Bernardi conta que foi procurado por Ana Amélia em março do ano passado e que, na conversa, ela teria buscado a garantia de que teria resguardada a vaga para tentar recuperar a cadeira no Senado. A resposta foi de que a definição dependeria da aliança em torno da candidatura do senador Luis Carlos Heinze ao Palácio Piratini.
— Disse que nós iríamos buscar a coligação, assim como fizemos em 2014, quando ela foi candidata ao governo do Estado. Até hoje, o partido não pode dar essa garantia, nem a ela e nem a outros líderes nossos. Agora, nunca foi dito a ela que não seria convidada se fizéssemos uma chapa própria — disse o presidente do PP.
De acordo com o dirigente, uma eventual candidatura de Ana Amélia a deputada não foi discutida porque ela sempre demonstrou disposição de concorrer mais uma vez ao Senado.
Bernardi afirma ainda que o PP sempre reconheceu o trabalho parlamentar e a atuação partidária de Ana Amélia, mas disse que o partido “não nasceu em 2010” e lembrou que, na eleição municipal de 2012, a ex-senadora apoiou a candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB) na eleição municipal, contrariando orientação partidária.
O presidente do PP disse que planejava responder à mensagem encaminhada por Ana Amélia ao partido com outra carta, que chegou a rascunhar, e que, de sua parte, o assunto está encerrado:
— Peço licença para utilizar uma frase que ela mesma colocou na carta: “Ainda haveremos de estar juntos lá na frente”. Não confundo relações políticas com relações pessoais. Desejo a ela muita saúde e felicidade pessoal.
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