A razão oficial para o cancelamento da sessão plenária de ontem na Assembleia Legislativa foi o falecimento do ex-deputado constituinte Tufy Salomão, de Pelotas, mas a suspensão dos trabalhos livrou os parlamentares de duas situações incômodas.
Além de evitar a exposição do presidente Luis Augusto Lara (PTB), que foi cassado na segunda-feira (21) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas permanece no cargo até o julgamento dos recursos, o plenário fechado também livrou os parlamentares de decidirem sobre o projeto que gera impasse entre servidores e a direção do Tribunal de Justiça (TJ).
Conforme comunicado da Casa, o cancelamento foi decidido pela Mesa Diretora e pelo colegiado de líderes e está amparado no regimento.
No entanto, o mesmo procedimento não foi adotado na quinta-feira, quando morreu o ex-presidente da Assembleia e ex-prefeito de Uruguaiana Nivaldo Soares.
Com o adiamento, Lara, que não conversou com a imprensa ao longo do dia, evitou de ouvir apupos das galerias e até de colegas que poderiam questionar sua legitimidade à frente do parlamento. O petebista não escapou, no entanto, das críticas de colegas do Novo e do PSOL, que pediram seu afastamento da presidência.
O impasse entre o comando do TJ e os funcionários, que estão em greve há um mês, também ganhou mais uma semana para ser resolvido.
Cais Mauá
O recurso do governo do Estado contra a liminar que suspendeu o processo de rescisão do contrato com a Cais Mauá do Brasil será julgado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região no dia 13 de novembro, a partir das 13h30min.
Seja qual for a decisão, a disputa judicial não se encerra nessa instância. Quem perder deve recorrer às instâncias superiores do Judiciário.