Há mais de um mês no patamar de US$ 80, a baixa na cotação do petróleo faz o mercado projetar uma iminente redução no preço dos combustíveis. Na semana passada, o valor do barril do tipo brent em contratos relativos a janeiro de 2024 - que são os determinantes nas negociações atuais -, havia caído para menos de US$ 80 (US$ 79,40).
Nesta semana, voltou a subir, mas segue perto dessa faixa. Nesta terça-feira (14), é negociado em US$ 82,73. E além da queda nos preços da matéria-prima, o dólar recuou nos últimos dias, situando-se abaixo dos R$ 5. Neste final de amanhã de terça-feira (14), é cotado a R$ 4,659.
É um contraste com a situação ocorrida entre agosto e setembro, quando o barril havia subido da faixa de US$ 85 para a de US$ 95 em menos de um mês. É importante observar que a maioria dos cálculos de defasagem ainda é feita com base nos critérios da Paridade de Preços de Importação (PPI), porque a atual "estratégia comercial", como a Petrobras define sua atual formação de preços, é considerada insondável.
Feita essa observação, em graus diferentes quase todas as projeções apontam "folga" entre os preços cobrados neste momento no Brasil e os praticados nos mercados de referência, o que abriria espaço para a redução. No monitor semanal de preços da XP, feito com base em dados colhidos até a última sexta-feira, haveria possibilidade de corte de 14,7% no diesel e de 5,7% na gasolina. Os cálculos da Genial Investimentos veem chance de redução de 13% na gasolina e de 8% no diesel.
A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) é a que vê menos espaço de manobra: apenas 1% no diesel e até defasagem de 1% na gasolina. Nesse caso, estaria mais "barata" aqui do que lá fora. Conforme o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), haveria chance de corte de 1,28% na gasolina e de 8,84% no diesel.