Não faz nem um mês que a Petrobras anunciou o mais recente aumento de diesel e gasolina nas refinarias, uma pancada de 25,8 e 16,3%, respectivamente.
O problema é que, desde então, a cotação do petróleo que é considerada referência global subiu mais 11%. Em 16 de agosto, quando o reajuste passou a vigorar, o barril do tipo brent estava em US$ 83,02. Nesta quarta-feira (13), chega a US$ 92,40.
Sempre é bom lembrar que a Petrobras não segue mais a Paridade de Preços de Importação (PPI), que determinou a variação nas refinarias entre 2016 e abril deste ano. Mesmo assim, a estatal tem reafirmado que não pode perder de vista a "referência internacional".
O impacto do pesado reajuste anterior foi parcialmente amortecido, no IPCA de agosto, por uma forte queda nos preços dos alimentos. Ainda assim, um novo reajuste pode pressionar a inflação em momento delicado, quando volta a ser discutida a forma de cobrança de ICMS sobre os combustíveis.
No projeto de lei 136/2023, que define a reposição das perdas causadas aos Estados com redução de ICMS sobre os combustíveis determinada pelo governo passado pouco antes da eleição, um dos artigos prevê o fim da alíquota fixa por litro, considerada uma evolução e prevista, inclusive, na reforma tributária que também está no Congresso.