Em 2020, uma da reações ao impacto do coronavírus foi intensa campanha de doações de empresas para suprir instituições de saúde e entregar alimentos a famílias de menor renda.
Neste ano, há um ensaio de remobilização empresarial para fortalecer a imunização contra a covid-19 no país, com doações focadas em insumos para viabilizar a vacinação.
Além da campanha Unidos pela Vacina, que reúne entidades como Mulheres do Brasil, com a representatividade de Luiza Trajano, e o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, grandes companhias, como a Vale, voltaram a anunciar doações. A Vale prepara a entrega de um lote com 2 milhões de seringas ao Ministério da Saúde. Importado da China, o material chegou ao país na semana passada. Ao todo, serão distribuídos 50 milhões de unidades. A previsão é que 48 milhões cheguem até maio
Em nota, a empresa informou que os insumos seguem os protocolos exigidos pela Anvisa. Além das seringas, a doação ao governo federal inclui 400 mil equipamentos de proteção individual (EPIs). Somente neste mês, foram doados 240 mil máscaras, 40 mil pares de luvas e 120 mil aventais. As doações são voltadas para os profissionais que estão na linha de frente da vacinação. A distribuição dos equipamentos é realizada pelo Ministério da Saúde.
No caso da Vale, a ação está relacionada a compromissos assumidos depois da tragédia de Brumadinho. Desde o início da pandemia, a empresa tem adotado medidas para diminuir o impacto do coronavírus no país. A Vale apoia o Instituto Butantan na conclusão da ampliação do Centro de Produção Multipropósito de Vacinas (CPMV), que terá capacidade de produção de até 100 milhões de doses por ano. Estima-se que o o custo total da obra seja de R$ 160 milhões, dos quais R$ 10 milhões foram doados pela empresa.