Começou, enfim, nesta quarta-feira (10), a obra que deve devolver a normalidade às operações do porto de Porto Alegre. A expectativa do superintendente do Porto de Rio Grande, Fernando Estima, é de desobstruir a parte mais crítica em 15 dias, ainda que de forma provisória. Todo o trabalho deve estar concluído em dois meses. A draga Afonso de Albuquerque, contratada para executar a tarefa, já está operando.
Desde o início de abril, o terminal opera com restrições para embarcações com calado superior a 4,7 metros. A situação foi provocada pela combinação de estiagem, vento, falta de manutenção há mais de 10 anos e um incidente: quando uma embarcação encalhou, a operação de retirada jogou mais areia no leito do Canal da Feitoria, na entrada da Lagoa dos Patos, complicando a passagem.
As cargas mais afetadas são de insumos para fertilizantes, cevada e bobinas de aço para as indústrias da Serra, como Marcopolo e Randon. No meio dos preparativos para a dragagem, ainda foi preciso dedicar atenção a outro incidente: uma pequena embarcação bateu em um dos pilares da ponte do Guaíba. Para a navegação, não houve impacto, mas foi preciso cuidar do problema que ameaçava impedir o içamento da ponte.
A restrição de passagem no Canal da Feitoria afetou cargas de insumos para fertilizantes, cevada e bobinas de aço para as indústrias da Serra, como Marcopolo e Randon. Foi feita uma cotação eletrônica (espécie de licitação emergencial), e a vencedora foi a Jan de Nul do Brasil, que receberá R$ 16,4 milhões pelo trabalho.