Chorando pela Argentina
Antes da vitória dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições presidenciais da Argentina, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou tirar o Brasil do Mercosul ou suspender o país vizinho. Confirmado o resultado, reiterou críticas ao futuro presidente. O tom preocupou exportadores e empresários por embutir a perspectiva de perdas nos negócios. Na sexta-feira (1º), Bolsonaro disse que não irá à posse de Fernández.
Uma promessa das arábias
Quase no fim da longa e tensa viagem à Ásia, o governo anunciou que o Fundo Soberano da Arábia Saudita investirá US$ 10 bilhões no Brasil. Pouco antes, o presidente Jair Bolsonaro havia afirmado ter "afinidade" com o herdeiro do trono do país, suspeito de ser mandante de assassinato. Há poucos detalhes sobre o destino dos bilhões sauditas: só foi informado que representantes dos dois países vão definir prazos e critérios de aplicação.
O novo corte anunciado
Ao cortar a taxa básica para 5% ao ano, o Banco Central fez uma das comunicações mais explícitas de sua história: avisou vai cortar mais 0,5 ponto percentual em dezembro. A intenção foi conter apostas de que o juro brasileiro poderia cair abaixo de 4% ao ano, o que economistas consideram arriscado por afugentar investimento externo.
Nuvem tóxica de declarações
A semana foi encoberta por uma nuvem de palavras tóxicas emanada das proximidades do poder. Do tom incompatível com o cargo do vídeo gravado pelo presidente na noite de terça-feira à defesa do AI-5 feita por Eduardo Bolsonaro, seguida de novas ameaças presidenciais, disseminou-se a inquietação política e em algumas áreas de negócios, sobre as reais motivações da família.