Diante do desempenho frustrante da economia brasileira, a indústria entrou na onda de revisão nas expectativas para 2019. Nesta quinta-feira (25), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) cortou para 0,9% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano. A previsão anterior, apresentada em abril, era de avanço de 2%. Ou seja, mais do que o dobro da atual.
– Mesmo que a clareza sobre a aprovação da reforma da Previdência tenha aumentado nos últimos meses, uma série de indicadores ainda segue em nível baixo na economia do país – frisa o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Para a indústria, a entidade passou a estimar variação positiva de 0,4% ao final do ano. Em abril, a projeção era de crescimento de 1,1%. Uma das explicações para o corte no setor está relacionada ao baixo nível de investimentos de empresas para aumento de produção.
Medidos pelo indicador de formação bruta de capital fixo (FBCF), esses aportes devem subir 2,1% em 2019, segundo a CNI. A previsão de abril era bem superior, de alta de 4,9% no ano. Os investimentos privados representam um dos motores do PIB.
– Medidas imediatas, como corte no juro, são necessárias, assim como ações de longo prazo, como reformas e concessões – diz Azevedo.